Como é o Plano de Vacinação contra COVID-19 no Brasil?

O início da vacinação visou atender grupos prioritários da população

O Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19 foi anunciado em dezembro de 2020 pelo Ministério da Saúde. Para sua elaboração, de acordo com o próprio Ministério, levou-se em consideração o cenário mundial de indisponibilidade ampla de vacinas no mercado e, por este motivo, optou-se por realizar o início da vacinação atendendo a grupos prioritários da população.

Os grupos prioritários eleitos foram baseados nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), e distribuídos por fases de vacinação, conforme detalhamento abaixo:

Fases e Grupos Prioritários

1ª · Trabalhadores da área da saúde (incluindo profissionais da saúde, profissionais de apoio, cuidadores de idosos, entre outros);

· Pessoas de 60 anos ou mais que vivem em asilos (instituições de longa permanência), população idosa (75 anos ou mais), indígena aldeado em terras demarcadas, comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas.

2ª · População de 60 a 74 anos

3ª · Indivíduos transplantados de órgão sólido (como coração, rins, fígado, entre outros);

· Pessoas com os diagnósticos de: diabetes mellitus; hipertensão arterial grave; doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); doença renal; anemia falciforme; câncer; obesidade grave (IMC ≥40); doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.

Calendário de vacinação

O início da vacinação no Brasil ocorreu oficialmente no dia 19 de janeiro de 2021, primeiramente com o atendimento do grupo de risco contemplado na 1ª fase do plano nacional.

As vacinas aprovadas para utilização emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que estão sendo aplicadas são a CoronaVac e a vacina de Oxford. Ambas passaram por estudos clínicos no Brasil, ou seja, foram testadas em voluntários brasileiros.

O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) colaborou com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nos testes da vacina de Oxford no país.

Quando teremos mais doses de vacina disponíveis no Brasil?

Em um primeiro momento, foram disponibilizadas para a população brasileira imunizantes importados: 2 milhões de doses da vacina de Oxford, produzidas na Índia pelo Instituto Serum, e 6 milhões de doses da CoronaVac, produzidas pelo laboratório chinês Sinovac.

De acordo com o Ministério da Saúde, até julho de 2021, o Brasil disponibilizará 100,4 milhões de doses da vacina de Oxford produzidas pela própria Fiocruz, e mais 110 milhões produzidas também no Brasil de agosto a dezembro de 2021.

A produção nacional da CoronaVac será realizada pelo Instituto Butantan. O Ministério da Saúde adquiriu mais de 46 milhões de doses que serão entregues em 4 fases até 30 de abril e outras 54 milhões até o fim do ano de 2021.

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