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Coriocarcinoma: o que é, como identificar e quais os tratamentos

Descubra o que causa este tipo de câncer, os principais sintomas e as opções de terapia disponíveis.

Coriocarcinoma: o que é, como identificar e quais os tratamentos

O coriocarcinoma é um tipo raro e altamente agressivo de câncer que se origina nas células do tecido trofoblástico — estrutura que envolve o embrião e dá origem à placenta. Essa neoplasia maligna está geralmente associada à gestação, sendo, portanto, classificada como uma forma de Doença Trofoblástica Gestacional (DTG). No entanto, tumores com características histológicas semelhantes também podem surgir fora do contexto gestacional, como em tumores germinativos de ovários ou testículos. Em homens, esse tipo de tumor ocorre tipicamente nos testículos e possui comportamento clínico distinto, geralmente mais agressivo e menos responsivo ao tratamento do que sua contraparte gestacional.

O que causa o coriocarcinoma?

O coriocarcinoma gestacional se desenvolve a partir de tecidos trofoblásticos residuais de uma gestação anterior que, por razões ainda não totalmente compreendidas, sofrem transformação maligna. Pode ocorrer após qualquer tipo de gravidez — a termo, aborto espontâneo, gravidez ectópica ou, com maior frequência, mola hidatiforme (gravidez molar). Fatores de risco incluem idade materna extrema (muito jovem ou acima de 40 anos) e histórico prévio de gestação molar.

Já o coriocarcinoma não gestacional se origina a partir de células germinativas totipotentes, sendo mais comum nos testículos, mas podendo ocorrer também nos ovários ou em localizações extragonadais, como mediastino e sistema nervoso central. Esse subtipo é biologicamente distinto e tende a ter um prognóstico menos favorável.

Quais são as possíveis complicações?

A principal complicação do coriocarcinoma é a metástase, que ocorre de forma precoce e rápida, devido à sua alta vascularização. As células malignas podem se espalhar para órgãos como pulmões, cérebro, fígado, rins e linfonodos. Hemorragias também são frequentes, tanto no sítio tumoral primário quanto nas áreas metastáticas, representando um risco importante para o paciente.

Quais são os sintomas do coriocarcinoma?

Os sintomas variam conforme o local de origem do tumor e a presença de metástases. Em mulheres, os sinais mais comuns incluem sangramento vaginal irregular, aumento do volume uterino e dor pélvica. Em homens, o tumor pode se manifestar como nódulo testicular, inchaço e dor no testículo.

Em casos com metástases cerebrais, podem surgir sintomas como dor de cabeça intensa, convulsões e alterações neurológicas. Quando atinge os pulmões, pode causar tosse persistente, falta de ar e hemoptise (presença de sangue no escarro). O acometimento hepático pode provocar dor abdominal e icterícia. Esses sintomas refletem a extensão sistêmica da doença.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do coriocarcinoma baseia-se na avaliação clínica, em exames laboratoriais e de imagem. A dosagem do hormônio beta-hCG é fundamental, pois seus níveis se encontram significativamente elevados nos casos gestacionais. Exames como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética auxiliam na avaliação da extensão da doença. Em casos de coriocarcinoma não gestacional, biópsia e análise histopatológica são essenciais para confirmação.

Quais são os tratamentos disponíveis?

O tratamento do coriocarcinoma varia conforme sua origem — gestacional ou não gestacional — e a extensão da doença no momento do diagnóstico.

No caso do coriocarcinoma gestacional, a quimioterapia é o tratamento de primeira linha e costuma apresentar alta taxa de cura, mesmo em casos metastáticos. Pacientes classificados como baixo risco, segundo os critérios da FIGO/OMS, geralmente respondem bem a esquemas com agente único, como metotrexato ou actinomicina D. Já os casos de alto risco necessitam de esquemas combinados de poliquimioterapia, sendo o mais utilizado o EMA-CO (etoposídeo, metotrexato, actinomicina D, ciclofosfamida e vincristina).

A cirurgia pode ser indicada em situações específicas, como histerectomia (em mulheres sem desejo reprodutivo), controle de hemorragias, ou remoção de massas residuais após a quimioterapia. A radioterapia pode ser empregada no controle de metástases cerebrais ou em sangramentos localizados.

Já no caso do coriocarcinoma não gestacional, como o que acomete os testículos em homens, o tratamento segue os protocolos dos tumores de células germinativas não seminomatosas, com abordagem inicial cirúrgica por meio da orquiectomia radical (retirada do testículo afetado). Após a cirurgia, a maioria dos pacientes necessita de quimioterapia adjuvante com esquemas como BEP (bleomicina, etoposídeo e cisplatina), especialmente nos casos avançados ou metastáticos, que são frequentes. Em situações selecionadas, pode haver necessidade de ressecção de massas residuais ou metástases persistentes após a quimioterapia.

O monitoramento contínuo é parte essencial do manejo de ambos os tipos, com exames de imagem e acompanhamento dos níveis de beta-hCG, que funcionam como marcador tumoral para avaliar a resposta ao tratamento e detectar recidivas precoces.

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Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista Clínica

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