O Phosphopure é comercializado como uma fosfoetanolamina bioidêntica, ou seja, uma versão sintética da substância naturalmente presente no corpo humano, que participa da formação das membranas celulares. Popularmente chamada de “pílula do câncer”, ela ganhou atenção pública a partir de relatos sobre melhora ou estabilização de tumores após seu uso.
Distribuído internacionalmente, o Phosphopure é vendido nos Estados Unidos como suplemento alimentar. No Brasil, porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não autoriza sua comercialização como medicamento para o tratamento do câncer, devido à ausência de evidências científicas robustas que comprovem sua segurança e eficácia em seres humanos.
Como a substância ficou conhecida no Brasil?
No Brasil, a fosfoetanolamina sintética recebeu o apelido de “pílula do câncer” por causa da esperança gerada entre pacientes e familiares após relatos de melhora clínica. O assunto ganhou destaque nacional na mídia tradicional e nas redes sociais em 2015, quando a Anvisa proibiu a distribuição do produto.
Em 2016, após pressão judicial de pacientes, o Congresso Nacional aprovou uma lei autorizando o uso da fosfoetanolamina por pacientes oncológicos. Entretanto, em 2020, o Supremo Tribunal Federal declarou essa lei inconstitucional, por violar as normas sanitárias e os critérios técnicos exigidos para medicamentos. Atualmente, a Anvisa alerta que a substância não possui comprovação científica de eficácia e segurança, e seu uso pode ser prejudicial.
Por não possuir registro na Anvisa, a fosfoetanolamina está incluída na lista de substâncias monitoradas pelo Epinet, ferramenta criada em 2021 para combater a venda ilegal de produtos irregulares pela internet. Desde então, foram registrados 57 incidentes envolvendo o produto, com uma taxa de remoção de 97,73% dos anúncios irregulares, segundo dados divulgados pela agência em 2024.
Qual é a proposta do Phosphopure?
O Phosphopure apresenta fosfoetanolamina bioidêntica, um composto sintético análogo à fosfoetanolamina natural, que participa da formação das membranas celulares e de processos de sinalização intracelular.
A fórmula original foi desenvolvida por um químico e pesquisador brasileiro, que durante mais de duas décadas produziu e distribuiu gratuitamente a substância para pacientes com câncer, acreditando no seu potencial terapêutico.
A sua teoria é que a fosfoetanolamina ajuda o sistema imunológico a reconhecer e eliminar células tumorais. Relatos informais afirmam que o composto poderia inibir o crescimento tumoral, o que despertou grande interesse entre pacientes oncológicos. Contudo, até o momento, não há evidência científica sólida que comprove a eficácia da substância no tratamento do câncer.
Por que a fosfoetanolamina não é autorizada no Brasil?
A fosfoetanolamina sintética não é aprovada no Brasil como medicamento ou suplemento para o tratamento do câncer devido à ausência de comprovação científica da sua eficácia e segurança, critérios essenciais para registro pela Anvisa.
Estudos clínicos, como o conduzido no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) iniciado em 2016, testaram a substância em 72 pacientes. A pesquisa foi interrompida em 2017 após evidências de ineficácia.
Dos 59 pacientes reavaliados, 58 não apresentaram melhora significativa, e apenas um teve resposta parcial. Para aprovação, o tratamento deveria reduzir pelo menos 30% do volume tumoral em ao menos 20% dos participantes.
Esses resultados ressaltam a importância da cautela diante de terapias sem validação científica, especialmente em doenças graves como o câncer.
Quais são os efeitos colaterais e riscos associados?
Como a fosfoetanolamina não passou por testes clínicos completos, não há dados confiáveis sobre seus efeitos adversos. O uso da substância representa riscos, principalmente se for empregado como alternativa ou substituto dos tratamentos convencionais. Além disso, a aquisição em canais não regulamentados pode expor os pacientes a produtos contaminados ou mal formulados, agravando o quadro clínico.
Busque informação segura e acompanhamento médico qualificado!
É natural que pacientes e familiares busquem novas opções diante do câncer, mas as decisões terapêuticas devem se basear em evidências científicas confiáveis e orientação médica. A Anvisa, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) recomendam que o uso da fosfoetanolamina seja restrito a estudos clínicos rigorosos e desaconselham seu uso fora desse contexto.
Se precisar, pode contar com a Oncologia D’Or!
A Oncologia D’Or transforma o cuidado com o câncer por meio de uma rede integrada de clínicas e centros de tratamento presentes em diversos estados do país. Com um corpo clínico especializado e equipes multidisciplinares dedicadas, proporcionamos uma jornada de atendimento que une tecnologia avançada, diagnóstico ágil e tratamentos personalizados.
Como parte da Rede D’Or, a maior rede de saúde da América Latina, garantimos acesso às estruturas hospitalares mais modernas e aos avanços científicos que fazem a diferença na vida dos pacientes.
Nosso compromisso é oferecer excelência, conforto e segurança em todas as etapas do tratamento oncológico, promovendo saúde e qualidade de vida.
Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’Or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim


