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O que é Leucoplasia: causas, sintomas e tratamentos

A leucoplasia é uma condição caracterizada pelo aparecimento de manchas ou placas brancas na mucosa oral, frequentemente observadas na língua, interior das bochechas e gengivas.

O que é Leucoplasia: causas, sintomas e tratamentos

A leucoplasia é uma condição caracterizada pelo surgimento de manchas ou placas brancas na mucosa oral, frequentemente localizadas na língua, no interior das bochechas e nas gengivas. Essas lesões não podem ser removidas por raspagem e, na maioria dos casos, são assintomáticas, ou seja, não causam dor ou desconforto. Embora a leucoplasia não seja, por si só, um câncer, é considerada uma lesão que merece atenção, com risco de transformação em carcinoma de células escamosas.

O que causa leucoplasia?

Os principais fatores associados ao desenvolvimento da leucoplasia incluem:

Tabagismo: o uso de produtos derivados do tabaco, como cigarros, charutos, cachimbos e tabaco de mascar, é uma das principais causas da leucoplasia. As substâncias químicas presentes no tabaco irritam a mucosa oral, favorecendo alterações celulares que podem levar à formação das lesões

Consumo de álcool: o consumo excessivo e crônico de álcool é um fator de risco significativo, pois pode causar irritação crônica na mucosa oral e aumentar a probabilidade de transformação maligna.

Tabaco de mascar: o hábito de mascar tabaco irrita os tecidos da boca, contribuindo para o desenvolvimento de lesões leucoplásicas.

Trauma crônico: lesões causadas por dentes quebrados, restaurações irregulares, próteses mal ajustadas e mordidas repetitivas podem desencadear o desenvolvimento de leucoplasia devido à irritação persistente.

Fatores virais: a leucoplasia pilosa oral (LPO) é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e ocorre principalmente em indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com HIV/Aids ou transplantados.

Deficiências nutricionais: a carência de vitaminas, especialmente a deficiência de vitamina A e ferro, pode estar associada a alterações na mucosa oral e predispor ao desenvolvimento da leucoplasia.

Outras causas: lesões decorrentes de dentes quebrados, próteses mal ajustadas, predisposição genética e maus hábitos alimentares também contribuem para o aparecimento da leucoplasia.

Quais são os sintomas da leucoplasia?

Os principais sinais e sintomas incluem:

  • Manchas ou placas brancas na língua, gengivas, bochechas ou outras áreas da boca;
  • Lesões que não desaparecem com a raspagem;
  • Placas com textura irregular ou lisa;
  • Regiões da mucosa com espessamento ou endurecimento;
  • Em casos raros, dor ou sensibilidade na área afetada.

A leucoplasia pilosa, específica para casos associados ao vírus Epstein-Barr, pode apresentar lesões com aspecto de “pelos” ou dobras, frequentemente localizadas nas laterais da língua.

Leucoplasia é câncer?

A leucoplasia não é câncer, mas apresenta um risco de evolução maligna. O risco de transformação para carcinoma de células escamosas varia de acordo com a presença de displasia celular na biópsia. Leucoplasias homogêneas apresentam menor risco de malignização, enquanto as leucoplasias verrucosas e nodulares apresentam maior risco de evoluir para câncer. Especialmente se os fatores de risco não forem controlados e não houver tratamento adequado.

Como é feito o diagnóstico da leucoplasia?

O diagnóstico é baseado na avaliação clínica das lesões e histórico do paciente. Para casos suspeitos, uma biópsia pode ser indicada para analisar a presença de displasia ou células cancerígenas.

Como tratar a leucoplasia?

O tratamento depende da causa e da gravidade das lesões. As opções incluem:

O tratamento é determinado pelo médico ou dentista, com base nas características das placas, suas causas e a necessidade de descartar o câncer de boca. As opções de tratamento podem incluir:

Remoção dos fatores irritantes

Parar de fumar e reduzir o consumo de álcool são medidas essenciais para a regressão da leucoplasia. Ajustar próteses dentárias e tratar traumas bucais também é importante.

Medicamentos antivirais

Indicados para casos de leucoplasia pilosa associada ao vírus Epstein-Barr, especialmente em pacientes imunossuprimidos.

Terapias tópicas

As terapias tópicas envolvem a aplicação de medicamentos diretamente sobre as lesões da mucosa oral. Esses medicamentos podem ter diferentes mecanismos de ação, como a redução da inflamação, o controle da multiplicação celular ou a inibição da transformação maligna. As opções incluem corticoide, retinoides e imunomoduladores.

Cirurgia

Casos de leucoplasia com alto risco de malignização podem necessitar de remoção cirúrgica, através de excisão convencional, laser ou crioterapia.

Acompanhamento regular

Pacientes com leucoplasia devem realizar consultas periódicas com um profissional de saúde para monitoramento das lesões, especialmente se houver alterações no tamanho, textura ou cor das placas.

Especialistas em leucoplasia

O diagnóstico e tratamento da leucoplasia podem ser realizados por clínicos gerais, dentistas, oncologistas e outros especialistas. É importante procurar um profissional de saúde ao identificar os sintomas para obter uma avaliação adequada e um plano de tratamento eficaz.

Leucoplasia tem cura?

A leucoplasia pode regredir com a eliminação dos fatores irritantes e o tratamento adequado. No entanto, algumas lesões persistem ou apresentam recidivas, necessitando de monitoramento regular. A prevenção do câncer oral passa pelo controle de fatores de risco, consultas periódicas e tratamento precoce de alterações suspeitas na mucosa oral.

Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista Clínica

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