O termo “pré-câncer” refere-se a alterações celulares anormais, seja no tamanho, na forma ou no padrão de crescimento, que ainda não caracterizam um tumor maligno, mas que apresentam potencial de se transformar em câncer. Essas células pré-cancerígenas exigem acompanhamento médico, pois indicam uma chance aumentada de evolução para uma neoplasia maligna.
Por meio de exames de rotina, como o papanicolau, mamografia, tomografia de tórax, colonoscopia e a dermatoscopia, é possível identificar lesões suspeitas ainda em fases iniciais, muitas vezes antes do aparecimento de sinais ou sintomas. A detecção precoce permite tratar e/ou monitorar o pré-câncer de forma segura, com o objetivo de prevenir complicações e impedir a progressão da condição.
Todo pré-câncer evoluirá para um câncer?
Nem toda lesão pré-cancerígenas evolui obrigatoriamente para câncer. Muitas dessas alterações celulares podem permanecer estáveis por longos períodos e, em alguns casos, até regredir espontaneamente. No entanto, elas podem, sim, sofrer progressão gradual até se tornarem malignas, especialmente se não forem identificadas e tratadas a tempo.
A probabilidade de evolução depende de diversos fatores, como o tipo da lesão, o tecido ou órgão afetado e o grau de atipia celular. A vigilância periódica por meio de exames e a adoção de hábitos saudáveis são fundamentais para reduzir esse risco.
Ter células pré-cancerígenas é grave?
Receber um diagnóstico de lesão pré-maligna pode gerar apreensão, mas é importante compreender que isso não significa a presença de um câncer. Trata-se de uma alteração celular com potencial de malignização, mas que pode ser controlada ou até revertida com acompanhamento e intervenção médica adequados.
Ainda assim, a detecção de alterações pré-cancerígenas deve ser levada a sério, pois representa uma oportunidade valiosa de tratamento antes que o câncer se desenvolva.
Como a lesão pré-cancerígena pode progredir?
A progressão dessas lesões, quando ocorre, costuma ser lenta e depende de múltiplos fatores, como o tipo e a localização da lesão, além de influências genéticas e ambientais. Quando não tratadas ou monitoradas corretamente, as células anormais podem crescer e se multiplicar de forma desordenada, ultrapassando as barreiras do tecido onde se originaram e adquirindo características de malignidade.
Como prevenir a progressão da lesão pré-cancerígena?
A prevenção da evolução de lesões pré-cancerosas envolve o acompanhamento médico contínuo e a adoção de um estilo de vida saudável. Algumas estratégias eficazes incluem:
- Realizar exames de rotina conforme orientação médica;
- Tratar a lesão quando indicado, por meio de procedimentos como excisão cirúrgica, cauterização ou terapias tópicas específicas;
- Manter a vacinação em dia especialmente vacinas como a do HPV, que previnem infecções associadas a lesões pré-cancerosas;
- Controlar infecções e inflamações crônicas;
- Adotar uma alimentação equilibrada e rica em fibras, frutas e vegetais;
- Praticar atividade física regularmente;
- Manter o peso corporal dentro da faixa ideal;
- Proteger a pele contra a exposição solar excessiva, especialmente em casos de lesões cutâneas.
Quando acionar o sinal de alerta?
Embora muitas lesões pré-cancerígenas sejam assintomáticas, é essencial estar atento a qualquer alteração incomum no corpo. Deve-se procurar avaliação médica sempre que algo parecer fora do habitual e persistir por dias ou semanas. Entre os sinais de alerta estão:
- Perda de peso não intencional;
- Fadiga excessiva;
- Sangramentos anormais;
- Dores e desconfortos persistentes;
- Febre recorrente;
- Sudorese noturna.
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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’Or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim
