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O tratamento do câncer em pacientes com diabetes

Receber um diagnóstico de câncer representa uma série de mudanças na vida de qualquer pessoa. Quando a doença aparece em alguém que também convive com diabetes, a situação pode se tornar mais complexa. Isso porque ambas as condições exigem cuidados contínuos, acompanhamento regular e tratamentos específicos, que precisam ser integrados de forma segura.

A ocorrência de câncer em pessoas com diabetes é algo reconhecido na prática médica. Quem tem diabetes tipo 2 pode apresentar maior risco para alguns tipos de câncer, e a glicemia elevada pode interferir no tratamento e aumentar a probabilidade de complicações.

Por isso, compreender como essas doenças interagem é essencial para garantir melhores resultados terapêuticos, preservar a qualidade de vida e reduzir a chance de intercorrências ao longo de todas as etapas do cuidado.

Relação entre câncer e diabetes

A relação entre as duas doenças é considerada bidirecional. O diabetes, especialmente o tipo 2, está associado a um risco aumentado de vários tipos de câncer, como os de pâncreas, fígado, cólon e reto, mama e endométrio. Essa associação ocorre devido a fatores como resistência à insulina, inflamação crônica, hiperinsulinemia e níveis elevados de glicose, que podem favorecer alterações celulares e ambientes biológicos propícios ao desenvolvimento tumoral.

Por outro lado, alguns tratamentos contra o câncer, incluindo quimioterapias específicas e medicamentos como glicocorticoides, podem elevar a glicemia ou desencadear quadros de hiperglicemia e até diabetes em pessoas predispostas. Além disso, o próprio câncer pode causar alterações no apetite, perda de peso, distúrbios hormonais e inflamatórios, todos capazes de influenciar o controle do diabetes.

O diabetes também pode impactar a resposta ao tratamento oncológico. Pacientes com glicemia mal controlada apresentam maior risco de infecções, pior cicatrização após cirurgias, mais efeitos colaterais e dificuldade em tolerar certos medicamentos. Por isso, manter a glicose em faixas adequadas é essencial para a segurança e a eficácia do tratamento do câncer.

Outro ponto importante é que câncer e diabetes compartilham diversos fatores de risco modificáveis, como obesidade, sedentarismo, tabagismo, dieta rica em ultraprocessados e consumo excessivo de álcool. Esses elementos aumentam tanto a resistência à insulina quanto o risco de desenvolvimento de tumores.

Particularidades do tratamento oncológico em diabéticos

Quando o câncer é diagnosticado em um paciente com diabetes, o plano terapêutico é ajustado considerando suas necessidades específicas. Embora a base do tratamento, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo, possa ser semelhante à dos pacientes sem diabetes, o acompanhamento tende a ser ainda mais individualizado.

Durante o tratamento, é comum que ocorram variações significativas da glicemia. Isso pode ocorrer devido ao uso de glicocorticoides, náuseas, alterações na alimentação, perda de peso ou mudanças na rotina. Por esse motivo, muitas vezes é necessário intensificar o monitoramento glicêmico e realizar ajustes nas doses de insulina ou nos medicamentos antidiabéticos orais.

A integração entre as equipes de saúde é fundamental. Oncologistas e endocrinologistas trabalham juntos para definir a melhor estratégia de controle glicêmico considerando o tipo de tumor, o tratamento proposto, os efeitos esperados das terapias e o histórico metabólico do paciente. Nutricionistas têm papel crucial na adaptação da dieta, enquanto enfermeiros auxiliam na orientação do autocuidado e monitoramento.

O planejamento inclui medidas simples, mas essenciais, como manter uma hidratação adequada, evitar longos períodos de jejum, adaptar a alimentação às necessidades momentâneas e, sempre que possível, manter atividades físicas leves, respeitando as orientações médicas. Essas estratégias ajudam a reduzir complicações e contribuem para o bem-estar geral.

É importante reforçar que essas adaptações não tornam o tratamento mais difícil, e sim mais personalizado e seguro. Com acompanhamento adequado, é perfeitamente possível tratar o câncer com eficácia enquanto se mantém o diabetes sob controle.

A importância do acompanhamento contínuo

Ao longo do tratamento do câncer em pessoas com diabetes, o acompanhamento contínuo é essencial para garantir os melhores resultados. Uma equipe de saúde atenta às duas condições pode realizar ajustes rápidos sempre que necessário e prevenir complicações que poderiam comprometer o andamento da terapia ou o equilíbrio glicêmico.

Mesmo após o término do tratamento oncológico, o seguimento deve continuar. Esse acompanhamento ajuda na detecção precoce de possíveis recidivas, no manejo de efeitos tardios das terapias e na prevenção de descompensações metabólicas. Além disso, oferece suporte emocional, esclarece dúvidas e contribui para que o paciente se sinta mais confiante e amparado ao longo de sua jornada.

Se precisar, pode contar com a Oncologia D’Or!

A Oncologia D’Or transforma o cuidado com o câncer por meio de uma rede integrada de clínicas e centros de tratamento presentes em diversos estados do país. Com um corpo clínico especializado e equipes multidisciplinares dedicadas, proporcionamos uma jornada de atendimento que une tecnologia avançada, diagnóstico ágil e tratamentos personalizados.

Como parte da Rede D’Or, a maior rede de saúde da América Latina, garantimos acesso às estruturas hospitalares mais modernas e aos avanços científicos que fazem a diferença na vida dos pacientes.

Nosso compromisso é oferecer excelência, conforto e segurança em todas as etapas do tratamento oncológico, promovendo saúde e qualidade de vida.

Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim

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