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Pedra nos rins pode causar câncer?

Também chamadas de cálculos renais, as pedras nos rins são formações sólidas que surgem devido ao acúmulo de substâncias presentes na urina, como sais minerais. Quando esses sedimentos se concentram excessivamente, podem se aglomerar e formar pequenas massas endurecidas, que variam de tamanho e costumam causar dor intensa, especialmente ao se movimentarem pelo trato urinário. Entre os principais fatores relacionados ao seu desenvolvimento estão a baixa ingestão de água, uma dieta rica em sal e proteínas animais, além da predisposição genética.

Mas afinal, pedra nos rins pode causar câncer? Essa é uma dúvida frequente. Atualmente, não há evidências científicas robustas de que os cálculos renais, por si só, possam evoluir para tumores malignos. Embora alguns estudos sugiram uma possível associação entre cálculos renais crônicos e risco aumentado de câncer renal, os resultados ainda são inconclusivos, e mais pesquisas são necessárias para compreender essa relação e os mecanismos envolvidos.

De qualquer forma, é importante destacar que cálculo renal e câncer nos rins são condições distintas, com causas, sintomas e tratamentos diferentes, como detalharemos a seguir.

Diferenças entre pedra no rim e câncer renal

A pedra no rim é uma formação sólida composta por sais e minerais que se acumulam no sistema urinário. O sintoma mais característico é a dor intensa na região lombar, que pode irradiar para o abdômen ou virilha, acompanhada de sinais urinários como ardência, sangue na urina e aumento da frequência urinária.

Já o câncer renal é caracterizado pelo crescimento anormal e descontrolado de células no tecido renal, resultando em tumores malignos. Muitas vezes, o câncer renal é assintomático nos estágios iniciais e é descoberto incidentalmente em exames de imagem realizados por outros motivos. Quando presentes, os sintomas podem incluir sangue na urina, dor persistente no lado das costas, perda de apetite, emagrecimento não intencional e fadiga.

Leia também: Câncer de rim: entendendo a doença e a importância da prevenção

Causas e complicações do cálculo renal

As pedras nos rins se formam quando há desequilíbrio na composição da urina, favorecendo o acúmulo de substâncias como cálcio, oxalato e ácido úrico, que se aglomeram e originam os cálculos. Fatores que contribuem para essa formação incluem:

  • Ingestão insuficiente de água;
  • Alimentação rica em sódio, proteínas animais e alimentos ultraprocessados;
  • Histórico familiar de cálculos renais;
  • Distúrbios metabólicos, como gota e hiperparatireoidismo;
  • Uso de certos medicamentos, como alguns antibióticos.

Quando não tratados adequadamente, os cálculos renais podem levar a complicações, como:

  • Obstrução do fluxo urinário e hidronefrose (dilatação do rim)
  • Infecções urinárias recorrentes;
  • Redução da função renal, principalmente em casos de repetição ou quando o rim permanece comprometido por longos períodos.

No câncer renal, embora as causas exatas não sejam totalmente conhecidas, fatores de risco incluem exposição a produtos químicos industriais (como asbestos e chumbo), obesidade, hipertensão arterial e histórico de hemodiálise.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico das pedras nos rins geralmente começa com a avaliação dos sintomas relatados pelo paciente. Para confirmar a presença do cálculo, determinar seu tamanho, localização e identificar possíveis complicações, o médico pode solicitar exames de imagem como ultrassonografia ou tomografia computadorizada. Exames laboratoriais também ajudam a avaliar a função renal e os níveis de cálcio e ácido úrico.

O tratamento depende do tamanho, localização do cálculo e da presença de sintomas ou complicações. Entre as opções mais comuns estão:

  • Uso de medicamentos para dor e facilitação da eliminação do cálculo;
  • Litotripsia extracorpórea por ondas de choque, que fragmenta cálculos maiores;
  • Ureteroscopia, procedimento endoscópico minimamente invasivo que retira a pedra (mais utilizado);
  • Cirurgia percutânea, indicada em casos mais graves ou resistentes a métodos menos invasivos.

Além de remover o cálculo, é essencial investigar sua causa para prevenir novos episódios, o que inclui mudanças na alimentação, controle de doenças associadas e acompanhamento médico regular.

No câncer renal, o diagnóstico baseia-se em exames de imagem e, quando necessário, biópsia. O tratamento pode envolver cirurgia para remoção do tumor, imunoterapia, terapias-alvo ou outras abordagens oncológicas, dependendo do estágio da doença.

Quando buscar um especialista

Algumas pedras nos rins podem ser eliminadas espontaneamente, sem necessidade de intervenção médica. Ainda assim, é fundamental saber quando procurar atendimento:

  • Dor intensa e repentina na região lombar, irradiando para a virilha;
  • Sangue na urina (urina avermelhada ou cor de chá);
  • Febre associada à dor;
  • Dificuldade para urinar ou jato urinário fraco;
  • Episódios recorrentes de cálculo renal;
  • Perda de peso rápida e sem causa aparente;
  • Massa ou “caroço” na região lombar;
  • Inchaço nos membros inferiores.

Os especialistas indicados para o tratamento de cálculos renais são urologistas e nefrologistas. Já no caso de suspeita ou diagnóstico de câncer renal, o acompanhamento deve ser feito preferencialmente por urologistas oncológicos (uro-oncologistas).

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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim

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