A detecção precoce do câncer é essencial para aumentar as chances de um tratamento eficaz e a possibilidade de cura. Com os avanços da tecnologia médica, diversos exames de imagem permitem identificar tumores em diferentes estágios e regiões do corpo.
Um dos exames mais abrangentes para essa finalidade é a Tomografia por Emissão de Pósitrons associada à Tomografia Computadorizada (PET-CT), que fornece imagens detalhadas do corpo inteiro e pode detectar alterações metabólicas indicativas de câncer.
O que é o PET-CT?
O PET-CT combina duas modalidades de imagem: a tomografia computadorizada (CT) e a tomografia por emissão de pósitrons (PET). Enquanto a CT fornece imagens anatômicas detalhadas, o PET mede a atividade metabólica dos tecidos. Essa combinação permite não apenas localizar um tumor, mas também avaliar sua atividade e agressividade, auxiliando na diferenciação entre tecidos normais, inflamatórios e cancerosos.
Indicações do PET-CT
O PET-CT é utilizado principalmente para a avaliação de cânceres com alta taxa de metabolismo e propensão à disseminação, como linfomas, câncer de pulmão, colorretal, melanoma e cânceres de cabeça e pescoço. O exame também é indicado para determinar o estágio da doença, monitorar a resposta ao tratamento e detectar possíveis recorrências.
Entretanto, nem todos os tipos de câncer são adequadamente avaliados pelo PET-CT. Tumores de baixo metabolismo glicolítico, como câncer de próstata e alguns tipos de câncer hepático, podem não ser detectados com alta sensibilidade, exigindo exames complementares
Como funciona o exame?
1. Preparação: O paciente recebe uma injeção intravenosa de um radiofármaco, geralmente o 18F-FDG (fluordesoxiglicose), um análogo da glicose marcado com flúor-18. Como as células cancerígenas possuem um metabolismo mais acelerado, elas tendem a captar mais glicose, tornando-se mais evidentes nas imagens do PET..
2. Realização do exame: Após um período de distribuição do radiofármaco pelo organismo (cerca de 45 a 60 minutos), o paciente é posicionado no equipamento de PET-CT, que realiza a aquisição das imagens. O exame é indolor e dura entre 30 e 60 minutos.
3. Análise dos resultados: Os médicos analisam as imagens para identificar áreas com atividade metabólica aumentada, o que pode indicar a presença de câncer. Contudo, algumas condições benignas, como processos inflamatórios ou infecciosos, também podem apresentar captação elevada, exigindo correlação clínica e exames complementares.
Quais aparelhos detectam câncer?
Além do PET-CT, outros exames de imagem desempenham um papel fundamental na detecção do câncer:
- Ressonância Magnética (RM): Método de imagem de alta resolução, ideal para avaliar tecidos moles e órgãos internos. É particularmente útil na detecção de tumores cerebrais, cânceres ginecológicos e musculoesqueléticos.
- Ultrassonografia: Técnica não invasiva que utiliza ondas sonoras para formar imagens em tempo real dos órgãos internos. É frequentemente utilizada para avaliar nódulos em estruturas como fígado, tireoide e rins.
- Mamografia: Exame específico para a detecção precoce do câncer de mama, utilizando raios-X para identificar alterações suspeitas nas glândulas mamárias.
- Colonoscopia: Utilizada para a detecção de câncer colorretal, permitindo a visualização direta do interior do cólon e a realização de biópsias quando necessário.
Importância da detecção precoce
A detecção precoce do câncer é um fator determinante para o sucesso do tratamento. Exames como o PET-CT auxiliam não apenas no diagnóstico da doença, mas também no planejamento terapêutico, no monitoramento da resposta ao tratamento e na detecção de recidivas.
No entanto, o PET-CT não substitui exames específicos para determinados tipos de câncer, como a mamografia para câncer de mama ou a colonoscopia para câncer colorretal. O uso desse exame deve ser indicado por um médico oncologista, levando em consideração o quadro clínico e as particularidades de cada paciente.



