Quando o câncer atinge o cérebro: o que é a metástase cerebral?
A metástase cerebral ocorre quando células de um câncer originado em outra parte do corpo se espalham e atingem o cérebro. Essa é uma complicação associada, em geral, aos estágios avançados da doença. Além disso, trata-se da forma mais comum de tumor cerebral, sendo mais prevalente do que os tumores primários do sistema nervoso central, aqueles que se originam diretamente no cérebro.
Como o câncer chega ao cérebro?
A disseminação tumoral para o cérebro geralmente ocorre pela via hematogênica, ou seja, através da corrente sanguínea. Células malignas se desprendem do tumor primário, circulam pelo corpo e, ao alcançarem os vasos cerebrais, podem atravessar a barreira hematoencefálica, uma estrutura fisiológica que protege o tecido cerebral de substâncias potencialmente nocivas.
Após invadirem o parênquima encefálico, que é o tecido funcional do cérebro responsável por atividades, como controle dos movimentos, fala ou percepção, essas células se multiplicam e formam novas lesões.
Quais são os sinais e sintomas?
Os sinais e sintomas da metástase cerebral variam de acordo com a localização das lesões, o número de tumores e a velocidade de crescimento. Entre as manifestações clínicas mais comuns estão:
- Dores de cabeça persistentes;
- Náuseas e vômitos, especialmente matinais;
- Déficits neurológicos focais (fraqueza, dormência, alterações visuais ou da fala);
- Convulsões;
- Alterações cognitivas e de comportamento;
- Perda de memória recente;
- Mudanças na personalidade;
- Emagrecimento inexplicado.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico da metástase cerebral baseia-se na correlação clínica e em exames de imagem. A ressonância magnética com contraste é o método mais sensível e preferido, mas a tomografia computadorizada também pode ser utilizada, especialmente em situações de emergência. O PET-CT pode auxiliar na investigação do tumor primário, quando desconhecido. Em casos selecionados, principalmente na ausência de diagnóstico oncológico prévio, a biópsia da lesão cerebral pode ser necessária para confirmação histopatológica.
A metástase cerebral tem cura?
A possibilidade de cura depende de múltiplos fatores, incluindo o tipo e o controle do câncer primário, o número e o tamanho das metástases, a presença de metástases extracranianas, a resposta ao tratamento e o estado geral de saúde do paciente. Em alguns casos, especialmente quando há uma única lesão cerebral e o câncer primário está controlado, o tratamento curativo pode ser considerado. No entanto, em grande parte dos casos, o objetivo principal do manejo é o controle da doença e a preservação da qualidade de vida.
Qual é o tempo de vida de uma pessoa com metástase cerebral?
A sobrevida após o diagnóstico de metástase cerebral é altamente variável. Ela depende do tipo de tumor de origem, do número de metástases, da resposta ao tratamento e da condição clínica do paciente. Em alguns casos, como em pacientes com câncer de mama ou câncer de pulmão com alterações moleculares tratáveis (como mutações em EGFR ou ALK), a sobrevida pode se estender por vários meses ou até anos com terapias-alvo e acompanhamento contínuo. Avanços recentes na radiocirurgia e imunoterapia também têm contribuído para melhorar os desfechos em certos grupos de pacientes.
Quais são os tratamentos disponíveis?
O tratamento da metástase cerebral visa controlar a progressão da doença, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. As principais abordagens terapêuticas incluem:
- Cirurgia: indicada em casos de metástases únicas ou acessíveis, com efeito de massa significativo;
- Radioterapia convencional: utilizada especialmente em metástases múltiplas ou difusas;
- Radiocirurgia estereotáxica (ex: Gamma Knife, CyberKnife): eficaz em lesões únicas ou limitadas em número;
- Quimioterapia: com eficácia variável, dependendo da capacidade dos fármacos de atravessar a barreira hematoencefálica;
- Imunoterapia e terapias-alvo: indicadas em tumores com biomarcadores específicos, com resultados promissores em alguns casos;
- Tratamento sintomático: com uso de corticosteroides (como a dexametasona) para reduzir o edema cerebral e anticonvulsivantes para controle de crises epilépticas.
O plano terapêutico é definido por uma equipe multidisciplinar, levando em conta as particularidades de cada paciente.
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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim



