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Recidiva: o que Ă©, sintomas, tipos e tratamento

A recidiva, ou recorrência, corresponde ao retorno do câncer após o tratamento bem sucedido, onde o paciente pode apresentar sintomas como linfonodos aumentados, perda de peso e cansaço excessivo, por exemplo. Entenda melhor o que é a recidiva, conheça os sintomas, os tipos e como é o tratamento.

O que Ă© recidiva?

A recidiva, também chamada de recorrência, é o retorno do câncer após a conclusão de um tratamento que foi considerado bem-sucedido. Ela pode surgir no mesmo local onde o tumor foi identificado inicialmente ou em outra parte do corpo.

Os sinais de recidiva variam dependendo do tipo e da localização do câncer. O diagnóstico da recidiva deve ser realizado por um médico oncologista, que utiliza exames como PET-scan, mamografia, biópsia e análises de sangue para identificar e confirmar a condição.

Quais sĂŁo os sintomas de recidiva?

Os sintomas de recidiva podem ser variados e dependem de múltiplos fatores, incluindo o tipo de câncer inicial, o local de reaparecimento e a extensão do tumor. Além disso, a recidiva pode ser silenciosa no início ou apresentar sinais inespecíficos que frequentemente são confundidos com outras condições. Conhecer os possíveis sintomas ajuda no diagnóstico precoce e no manejo adequado da condição.

Sinais e sintomas gerais de recidiva

Alguns sinais podem surgir independentemente do tipo de câncer e incluem:

  • Linfonodos aumentados (Ă­nguas): inchaços palpáveis em áreas como pescoço, axilas, virilha ou clavĂ­cula podem ser indĂ­cios de recidiva em casos de cânceres como linfomas, mama ou pulmĂŁo.
  • Cansaço extremo: fadiga que nĂŁo melhora com repouso, associada ao impacto sistĂŞmico da doença ou Ă  produção de substâncias inflamatĂłrias pelas cĂ©lulas tumorais.
  • Perda de peso inexplicável: emagrecimento acentuado e involuntário, comum em recidivas de cânceres gastrointestinais ou avançados.
  • Suor noturno: suores excessivos, principalmente durante o sono, associados a linfomas ou respostas metabĂłlicas do corpo Ă  atividade tumoral.
  • Febre persistente: febres baixas ou intermitentes, sem infecção aparente, podem ocorrer devido Ă  liberação de citocinas inflamatĂłrias.

Sinais locais especĂ­ficos

Os sintomas especĂ­ficos da recidiva dependem da regiĂŁo afetada:

  • Sistema nervoso central:
    • Dores de cabeça persistentes e intensas;
    • Alterações visuais, como visĂŁo embaçada ou dupla;
    • Convulsões ou confusĂŁo mental;
    • Dificuldade para falar ou perda de memĂłria.
  • Pulmões:
    • Tosse persistente, com ou sem sangue;
    • Falta de ar (dispneia) progressiva;
    • Dor no peito ou nas costas ao respirar profundamente.
  • FĂ­gado:
    • Amarelamento da pele e olhos (icterĂ­cia);
    • Inchaço abdominal (ascite);
    • Náuseas, vĂ´mitos e perda de apetite;
    • Dor na regiĂŁo superior direita do abdĂ´men.
  • Esqueleto:
    • Dores Ăłsseas persistentes, localizadas ou generalizadas;
    • Fraturas espontâneas ou facilidade para quebrar ossos;
    • Mobilidade reduzida em articulações afetadas.
  • Pele:
    • Lesões ou feridas que nĂŁo cicatrizam;
    • Alterações em pintas, como crescimento, sangramento ou mudança de cor;
    • NĂłdulos firmes ou protuberâncias na superfĂ­cie da pele.
  • Trato gastrointestinal:
    • Sangue visĂ­vel nas fezes ou vĂ´mitos;
    • Dor abdominal persistente;
    • Alterações nos hábitos intestinais, como diarreia ou constipação.
  • Aparelho urinário:
    • Sangue na urina (hematĂşria);
    • Sensação de ardĂŞncia ao urinar;
    • Aumento na frequĂŞncia urinária ou dificuldade em urinar.

Sinais sistĂŞmicos adicionais

  • Dores generalizadas: Pode ocorrer devido Ă  disseminação da doença, especialmente em recidivas metastáticas.
  • Manchas roxas ou hematomas fáceis: Associados a distĂşrbios na coagulação, comuns em certos cânceres hematolĂłgicos.
  • Alterações neurolĂłgicas: Como dormĂŞncia ou formigamento, fraqueza muscular ou dificuldade de coordenação, comuns em recidivas que afetam nervos perifĂ©ricos.

Rouquidão ou dificuldade para engolir: indicativo de recidivas em áreas como garganta, laringe ou esôfago.

Quais sĂŁo os tipos de recidiva?

Existem três tipos principais de recidiva, classificados de acordo com a localização do retorno do câncer:

1. Recidiva regional

O câncer reaparece nos gânglios linfáticos próximos à região onde a doença teve início.

2. Recidiva local

O tumor volta a se desenvolver no mesmo local onde foi detectado originalmente.

3. Recidiva metastásica distante

Também chamada de recidiva metastática à distância, ocorre quando o câncer retorna em uma parte do corpo diferente da original.

Por exemplo, um paciente que teve câncer de mama pode desenvolver novos tumores nos ossos ou pulmões.

Como Ă© o diagnĂłstico da recidiva?

O diagnĂłstico da recidiva Ă© realizado por meio de acompanhamento regular com o oncologista, incluindo:

  • Exame fĂ­sico;
  • HistĂłrico clĂ­nico do paciente

A confirmação é feita com exames complementares, como:

  • Exame de sangue;
  • BiĂłpsia;
  • Tomografia computadorizada;
  • Mamografia;
  • PET-scan.

Esses exames ajudam a identificar a localização e a extensão da recidiva, possibilitando a escolha do tratamento mais adequado.

Qual médico procurar?

Em caso de suspeita de recidiva, é fundamental procurar um oncologista. Esse especialista está apto a diagnosticar a condição e, se necessário, indicar os tratamentos mais adequados para cada caso.

Qual a diferença entre metástase e recidiva?

Embora sejam conceitos relacionados, metástase e recidiva têm significados diferentes:

  • Metástase: Ă© um estágio avançado do câncer, no qual cĂ©lulas cancerĂ­genas se espalham para outras partes do corpo, formando novos tumores prĂłximos ou distantes do local original.
  • Recidiva: Ă© o retorno do câncer apĂłs o tĂ©rmino de um tratamento bem-sucedido, podendo ocorrer no mesmo local ou em outra parte do corpo.

Como Ă© o tratamento da recidiva?

O tratamento da recidiva varia conforme o tipo e a localização do câncer. As opções terapêuticas incluem:

1. Cirurgia

Indicada para remover o tumor em casos de recidiva local, proporcionando controle da doença em estágios iniciais.

2. Quimioterapia

Sessões de quimioterapia podem ser prescritas para tratar recidivas metastáticas. Caso o tumor seja resistente aos medicamentos anteriores, o oncologista pode optar por fármacos mais recentes.

3. Radioterapia

Utilizada principalmente para recidivas locais ou regionais, com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor ou aliviar sintomas.  Saiba como Ă© feita a radioterapia.

4. Imunoterapia

Esse tratamento fortalece o sistema imunológico, utilizando medicamentos que ajudam o organismo a combater as células tumorais. A imunoterapia pode reduzir ou retardar o crescimento do tumor.

5. Terapia alvo

A terapia alvo consiste em analisar características genéticas e moleculares das células cancerígenas, desenvolvendo medicamentos específicos para inibir ou bloquear a multiplicação dessas células. Saiba mais sobre como funciona a terapia alvo.

6. Cuidados paliativos

Quando o tratamento curativo nĂŁo Ă© possĂ­vel, os cuidados paliativos sĂŁo indicados para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Podem incluir:

  • uso de medicamentos;
  • sessões de radioterapia para alĂ­vio da dor;
  • fisioterapia;
  • psicoterapia.

Esses cuidados visam proporcionar conforto e suporte durante todas as fases da doença.

Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista ClĂ­nica

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