Seminoma: o que é tumor germinativo e seus sintomas
O seminoma é um tipo de tumor germinativo maligno que afeta predominantemente os testículos, mas também pode surgir em outros locais, como o mediastino ou o retroperitônio. Esse tumor representa cerca de 50% dos casos de câncer testicular, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Neste artigo, abordaremos o que é o seminoma, seus sintomas, diagnóstico e opções de tratamento.
O que é seminoma?
O seminoma é um tumor maligno originado das células germinativas, responsáveis pela produção de espermatozoides nos testículos. Esse tipo de câncer se caracteriza por um crescimento relativamente lento e tendência à disseminação inicial para os linfonodos regionais.
Existem dois principais subtipos de seminoma:
- Seminoma clássico: corresponde a mais de 95% dos casos e afeta, em sua maioria, homens entre 25 e 45 anos.
- Seminoma espermatocítico: mais raro e de crescimento ainda mais lento, acomete principalmente homens acima de 50 anos e tem menor propensão à disseminação metastática.
Quais são os sintomas do seminoma
Os sintomas do seminoma podem ser discretos nas fases iniciais, o que pode retardar o diagnóstico. Entre os principais sinais estão:
Massa testicular: A manifestação mais comum é uma massa ou nódulo indolor no testículo, que pode aumentar progressivamente de tamanho ao longo de semanas ou meses.
Dor escrotal: Embora menos frequente, cerca de 20% dos pacientes relatam dor ou desconforto na bolsa escrotal.
Alterações hormonais: Em alguns casos, o seminoma pode secretar a gonadotrofina coriônica humana (hCG), hormônio que pode causar ginecomastia (aumento das mamas), além de sintomas como fadiga e irritabilidade.
Sintomas sistêmicos: Nos estágios mais avançados, o tumor pode causar perda de peso inexplicada, fadiga e, em casos de metástases, sintomas respiratórios ou dor lombar, dependendo da localização da disseminação.
Diagnóstico
O diagnóstico do seminoma é baseado em uma combinação de exames clínicos e laboratoriais, incluindo:
- Ultrassonografia testicular: exame inicial para avaliar a presença de massas sólidas no testículo.
- Tomografia computadorizada (TC): essencial para avaliar a extensão da doença e possíveis metástases.
- Marcadores tumorais: exames de sangue para medir substâncias como lactato desidrogenase (LDH), hCG e alfafetoproteína (AFP) auxiliam no diagnóstico diferencial e monitoramento da resposta ao tratamento. Importante destacar que, diferentemente dos tumores não seminomatosos, o seminoma raramente eleva os níveis de AFP.
A biópsia testicular geralmente não é recomendada, pois pode aumentar o risco de disseminação do tumor. O diagnóstico definitivo é frequentemente confirmado após a orquiectomia (remoção cirúrgica do testículo afetado).
Tratamento
O tratamento do seminoma depende do estágio da doença e pode incluir:
- Orquiectomia radical: cirurgia para remoção do testículo afetado, sendo a principal abordagem inicial.
- Radioterapia: recomendada principalmente para pacientes com doença restrita aos linfonodos regionais, devido à sua alta sensibilidade à radiação.
- Quimioterapia: utilizada tanto em estágios iniciais quando há risco de recorrência, quanto em estágios mais avançados, com esquemas baseados em agentes como platinas.
O seminoma tem um excelente prognóstico, com taxas de cura superiores a 90% nos estágios iniciais e alta resposta ao tratamento mesmo em casos metastáticos.
A conscientização sobre os sintomas do seminoma e a realização de exames regulares são essenciais para o diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. Diante de qualquer alteração testicular, é fundamental procurar um médico urologista para uma avaliação adequada.