
Medicina Reprodutiva
A medicina reprodutiva é uma especialidade médica que trabalha nos assuntos da reprodução humana, nos casos de infertilidade masculina e feminina e também para auxiliar pessoas com dificuldades para engravidar a terem gestações cheias de saúde.
O que é Medicina Reprodutiva?
A Medicina Reprodutiva é a especialidade médica dedicada à reprodução humana, atuando em casos de infertilidade masculina e feminina e oferecendo suporte para pessoas que desejam engravidar com segurança e ter gestações saudáveis.
O desenvolvimento dessa especialidade teve grande marco em 1978, com o nascimento de Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do mundo. No Brasil, as técnicas de reprodução assistida chegaram em 1984, e Ana Paula Caldeira foi a primeira brasileira a nascer por meio desse procedimento.
Por atender tanto homens quanto mulheres, a Medicina Reprodutiva envolve diferentes áreas da Medicina, como Ginecologia, Obstetrícia e Urologia, proporcionando um atendimento completo e multidisciplinar aos pacientes.
Quais tratamentos podem ser indicados?
A Medicina Reprodutiva investiga as causas da infertilidade e das dificuldades para engravidar, indicando tratamentos adequados para viabilizar uma gestação saudável. Entre os procedimentos mais utilizados estão: fertilização in vitro (FIV), controle ovulatório, criopreservação, coito programado, doação de óvulos, inseminação artificial e micromanipulação de gametas (ICSI).
Fertilização in vitro (FIV)
A FIV consiste na fertilização do óvulo pelo espermatozoide em laboratório, originando embriões que são transferidos posteriormente para o útero da mulher. Para aumentar as chances de sucesso, são aplicadas injeções hormonais que estimulam a produção de óvulos extras, sempre acompanhadas e orientadas pelo especialista em reprodução humana.
Inseminação artificial
A inseminação artificial é um método amplamente conhecido, que consiste na introdução de espermatozoides de boa qualidade na cavidade uterina durante o período fértil, utilizando um cateter fino. Antes da introdução, os espermatozoides passam por processamento em laboratório para separar os de maior mobilidade.
Micromanipulação de gametas (ICSI)
O ICSI é indicado para homens com alterações significativas nos espermatozoides ou mulheres com número reduzido de óvulos. A técnica consiste em introduzir um espermatozoide dentro do óvulo com o auxílio de microagulhas controladas por equipamentos especializados.
Controle ovulatório e coito programado
O controle ovulatório é usado quando a ovulação não ocorre nos dias esperados do ciclo. Por meio de ultrassons transvaginais, é possível acompanhar o crescimento do folículo dominante e identificar o período fértil. Já o coito programado consiste na relação sexual planejada nesse período, seja em ciclo natural ou induzido com medicamentos.
Doação de óvulos e criopreservação
A doação de óvulos ou ovodoação envolve a doação de óvulos de uma mulher jovem (até 35 anos), fertilizados com o material do parceiro e transferidos para o útero da receptora. Essa técnica é indicada para mulheres com menopausa precoce, falência ovariana, ou com histórico de falhas repetidas em FIV.
Além disso, a criopreservação permite congelar óvulos, espermatozoides ou embriões em nitrogênio líquido, oferecendo opções para quem deseja adiar a maternidade ou paternidade, ou doar gametas para ajudar terceiros a realizarem o sonho de ter filhos.
Quais são as causas da infertilidade?
A infertilidade pode ter diversas causas, tanto em mulheres quanto em homens. Entre os fatores femininos estão problemas ovulatórios, como a Síndrome dos Ovários Policísticos, além de alterações imunológicas, uterinas, endometriose – condição em que o tecido do endométrio cresce fora do útero – e obstrução tubária, que pode ocorrer devido a infecções, cirurgias prévias ou processos inflamatórios.
Nos homens, os problemas podem estar relacionados à qualidade do sêmen, incluindo diminuição da concentração, motilidade ou morfologia dos espermatozoides, ou até à ausência total de espermatozoides (azoospermia). Também podem ocorrer disfunções sexuais, que dificultam a manutenção da ereção por motivos anatômicos ou psicológicos.
Além disso, fatores ligados ao estilo de vida, como tabagismo, consumo excessivo de álcool e hábitos prejudiciais à saúde, podem interferir na fertilidade do casal, afetando tanto a capacidade física quanto a biológica de conceber.