Cryptococcus Neoformans, Antígeno

É um teste laboratorial que detecta antígenos do fungo Cryptococcus neoformans, conhecido por causar a criptococose, uma infecção grave que pode afetar principalmente os pulmões e o sistema nervoso central. O exame é altamente sensível e pode identificar essa condição mesmo em estágios iniciais, antes do surgimento de sintomas intensos, sendo fundamental para o diagnóstico precoce.

Este exame tem como principal finalidade confirmar ou descartar a presença da infecção fúngica causada pelo Cryptococcus neoformans. A criptococose acomete sobretudo pessoas com o sistema imunológico comprometido, como pacientes com HIV/AIDS, câncer, transplantados ou em uso prolongado de imunossupressores.

A criptococose pode desencadear a meningoencefalite, um processo inflamatório que afeta as meninges e o cérebro, além de outras condições, como cegueira, demência e aumento da pressão intracraniana. Por isso, o exame ainda pode ser utilizado na investigação desses quadros.

A análise pode ser realizada a partir de amostras de sangue ou líquor (líquido cefalorraquidiano). A escolha do tipo de material depende do quadro clínico. Por exemplo, em casos de meningoencefalite, é comum a coleta de líquor.

Para a análise do sangue, o exame é feito por meio de uma punção venosa, geralmente no braço, como em testes laboratoriais comuns. Esse procedimento é rápido, seguro e causa apenas um leve desconforto momentâneo. Já no caso do liquor, a coleta é realizada por punção lombar, um procedimento que consiste na inserção de uma agulha entre as vértebras da região lombar para acessar o líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal. Por sua complexidade, deve ser conduzido em ambiente hospitalar, por profissionais treinados,

A detecção do antígeno é feita por técnicas laboratoriais como o teste de aglutinação em látex ou ensaio imunoenzimático (ELISA), que oferecem alta sensibilidade e especificidade.

O valor de referência pode variar de acordo com a técnica de coleta e o método utilizado pelo laboratório. No entanto, o resultado costuma ser apresentado como “negativo” (não reagente) ou “positivo” (reagente).

Um resultado negativo indica que não há infecção detectada. Já um resultado positivo sugere a presença do fungo, mas é necessária avaliação médica com base no quadro clínico e em outros exames para confirmar o diagnóstico.

Médicos de diversas especialidades podem solicitar o exame, conforme o quadro clínico do paciente, entre eles infectologistas, neurologistas, pneumologistas e oncologistas.