Atividade física na gravidez é tudo de bom!

Manter-se ativa durante o período da gestação traz uma série de benefícios. Até ajuda na hora do parto.

“As mulheres devem ser encorajadas a praticar exercícios”, diz Sílvia Gomyde Casseb, obstetra da Maternidade São Luiz Itaim e médica do esporte. “É importante para a saúde de seu futuro filho desde a fase no interior do útero até os primeiros anos de vida da criança.”

Todo o organismo da mãe ganha com a realização regular de exercícios físicos – é justamente isso que reflete no bebê. Mexer o corpo contribui com o controle da pressão arterial e do peso, o que reduz riscos de doenças como diabetes gestacional, por exemplo.

Tem muito mais! O reforço na musculatura alivia dores nas costas, queixa comum entre as grávidas. Aquele cansaço pós-treino também faz bem: colabora para desestressar e dormir melhor. Portanto, exercitar-se promove muita disposição ao longo dos 9 meses, inclusive quando a barriga está crescida!

Você já reservou um tempo para a sua atividade física de hoje? Ou tem receio de se exercitar? Veja as recomendações da especialista da Rede D’Or São Luiz e esclareça as suas dúvidas.

Há contraindicação em praticar exercícios na gravidez?

O primeiro passo é conversar com o seu obstetra. De maneira geral, as gestantes estão liberadas para se exercitar.

No entanto, há restrições em casos de cardiopatias, anemias graves, doenças pulmonares avançadas, convulsões ou patologias próprias da gestação, como placenta prévia (mau posicionamento da placenta) e colo curto, que oferecem risco de parto prematuro. “Essas condições são raras”, enfatiza a médica.

Modalidades mais indicadas

Caminhadas, hidroginástica, dança, percursos em bicicleta ergométrica e exercícios de força (musculação, pilates, funcional) estão entre as atividades mais adequadas. Tudo deve ser feito de acordo com o limite de cada pessoa. Quem já praticava esporte, naturalmente inicia a gestação com mais resistência física. As sedentárias logo perceberão fôlego extra com caminhadas curtas e regulares.

“Meditação, ioga, exercícios para respiração e massagens são muito bem-vindos, mas não substituem exercícios físicos e de força que auxiliam na preparação do corpo para todas as modificações que vêm com a gravidez”, afirma Sílvia.

A obstetra recomenda também exercícios para o assoalho pélvico feitos sob a supervisão de um fisioterapeuta. “Evitam incontinência urinária e contribuem para o processo do parto normal.”

Atividades não recomendadas

Esportes que podem causar traumas ou contusões não são indicados para o período da gravidez. Por exemplo, modalidades em grupo ou com bola (tênis, basquete), pois há chance da barriga ser atingida.

Entre as atividades vetadas estão mergulho com cilindro, equitação, patinação e até mesmo ciclismo em bicicletas convencionais, pela possibilidade de queda.

Aposte na hidratação

É fundamental beber água durante a sessão de exercícios para não correr risco de hipertermia (corpo superaquecido e consequente sensação de tontura) e desidratação. “No pós-parto, a boa hidratação favorece a produção de leite”, lembra a médica.

Quantas vezes por semana se exercitar?

A melhor receita baseia-se em moderação e regularidade. Mulheres que não praticam atividade física há mais de um ano podem começar com 15 minutos de exercícios, três vezes por semana, e aumentar gradativamente para meia hora. Com a melhora do condicionamento físico, vale a pena se dedicar aos exercícios uma hora do dia, pelo menos quatro vezes por semana. “Previnem doenças, melhoram a experiência do parto e transmitem muitas informações metabólicas benéficas ao bebê”, finaliza Sílvia Casseb.

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