De acordo com a Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida, 32,3% das gestações advindas de tratamentos de reprodução assistida são gemelares, já quando a gravidez ocorre naturalmente a probabilidade de gravidez múltipla é de 1,25%.
Uma gravidez gemelar natural pode ocorrer de 2 maneiras:
- a mulher pode liberar 2 óvulos em um mesmo ciclo, que, ao serem fecundados, gerarão gêmeos fraternos;
- um embrião pode se dividir em partes iguais, que darão origem a gêmeos idênticos.
Em alguns tratamentos de reprodução assistida, como a Fertilização in Vitro (FIV), é feita a coleta dos óvulos, que, após uma avaliação minuciosa de qualidade, são separados e os melhores são fertilizados em laboratório gerando um ou mais embriões.
Após análise dos embriões, da saúde e da idade da paciente, os médicos decidem quantos serão utilizados. De acordo com a Resolução 2168/2017 do Conselho Federal de Medicina, não podem ultrapassar: 4 em mulheres com mais de 40 anos; 3 em mulheres com idade entre 36 e 39 anos e 2 em mulheres com até 35 anos.
A taxa de gravidez é maior quando mais de um embrião é implantado, mas isso também aumenta o risco de uma gravidez múltipla.
Além dos tratamentos de Reprodução Assistida existem alguns fatores que podem aumentar as chances de uma mulher ter uma gestação múltipla, como:
- idade – após os 40 anos a mulher tem um aumento do hormônio folículo estimulante (FSH), que em níveis elevados facilita a liberação de 2 ou mais óvulos durante o ciclo;
- hereditariedade – ter gêmeos na família materna aumenta a probabilidade de uma gestação múltipla;
- raça – mulheres afrodescendentes têm quatro vezes mais possibilidades de gravidez gemelar;
- altura – estudos mostram que em mulheres altas, com mais de 1,64 m, a chance de gravidez gemelar é até duas vezes maior que em mulheres baixas (menos de 1,55m).



