Quebrar o resguardo faz mal? Entenda os riscos

O período pós-parto, também chamado de resguardo ou puerpério, é uma fase delicada e fundamental para a recuperação da mulher após o nascimento do bebê. Com duração média entre 40 e 60 dias, esse tempo permite que o útero cicatrize, os hormônios se estabilizem e o corpo como um todo volte ao seu ritmo natural.

Mas, afinal, o que acontece se o resguardo não é seguido? Quais são os riscos e como identificar os sintomas de resguardo quebrado? A gente te explica.

O corpo da mulher passa por diversas transformações físicas e emocionais enquanto se recupera do parto e se adapta à nova rotina com o bebê.

Alterações hormonais, desafios com a amamentação e o impacto emocional fazem parte dessa fase intensa, que também podem causar:

• cansaço, que é comum logo após o parto e nos meses seguintes, devido à adaptação à nova rotina e noites mal dormidas;
• tristeza (baby blues), que causa emoções à flor da pele, choro fácil e mau humor nos primeiros dias após o parto, devido às flutuações hormonais;
• sangramento vaginal, que é o fluxo que ocorre nas semanas após o parto, variando de vermelho a esbranquiçado;
• cólicas, que são contrações uterinas normais, especialmente durante a amamentação;
• mamas duras, visto que a produção de leite deixa os seios mais cheios e sensíveis;
• barriga inchada, já que o útero leva semanas para voltar ao tamanho normal e pode gerar flacidez ou diástase;
• prisão de ventre, comum devido à anestesia, hormônios, dor ou medo de evacuar;
• incontinência urinária, que pode ocorrer após o parto, com perda involuntária de urina.

“Quebrar o resguardo” é uma expressão popular que se refere à prática de não seguir as recomendações médicas durante o período pós-parto. Isso inclui atitudes como:

• voltar a ter relações sexuais antes da liberação médica;
• carregar peso excessivo;
• praticar atividades físicas intensas;
• tomar banhos de imersão (banheira, piscina);
• descuidar da alimentação e da hidratação;
• ignorar os sinais de alerta do corpo.

Esses cuidados não são exageros — são medidas essenciais para evitar infecções, hemorragias, dores persistentes e até complicações mais graves.

Quando o resguardo é interrompido precocemente, o corpo pode não estar preparado para lidar com a sobrecarga física e emocional. Confira abaixo os principais sintomas.

• Infecções uterinas, pois o útero ainda está em cicatrização.
• Dor ou abertura de pontos: em casos de cesárea ou episiotomia (corte feito no períneo).
• Hemorragias: por esforço excessivo.
• Dor pélvica e desconforto abdominal.
• Dor ou ardência ao urinar.
• Tristeza profunda, irritabilidade, ansiedade.

A melhor forma de evitar complicações é seguir as recomendações médicas e respeitar o tempo de recuperação do seu corpo. Cumprir esse período é um ato de autocuidado e amor-próprio.

Se tiver dúvidas, estiver passando por desconfortos ou se sentindo sobrecarregada, não hesite em buscar ajuda médica e psicológica.

Converse com o seu parceiro e com a sua rede de apoio sobre suas necessidades físicas e emocionais. O resguardo é um tempo de cura — permita-se vivê-lo com cuidado, paciência e acolhimento.

A Rede D’Or é a maior rede de saúde do Brasil. Está presente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Paraná, Paraíba, Alagoas, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

O grupo é composto atualmente por hospitais próprios, clínicas oncológicas (Oncologia D’Or), além de atuar em serviços complementares com exames clínicos e laboratoriais, bancos de sangue, diálise e ambulatórios de diversas especialidades.

Para garantir a excelência na prestação de serviços, a Rede D’Or adotou a Acreditação Hospitalar, um processo de avaliação externa para examinar a qualidade dos serviços prestados, conduzido por organizações independentes, como uma de suas principais ferramentas. Os hospitais do grupo já receberam certificações emitidas por organizações brasileiras, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA), e internacionais, como a Joint Commission International (JCI), a Metodologia Canadense de Acreditação Hospitalar (QMENTUM IQG) e a American Society of Clinical Oncology (ASCO).

A Rede D’Or ainda oferece aos pacientes críticos o cuidado necessário no momento certo, o que leva a melhores desfechos clínicos e à alocação eficiente de recursos. Por isso, 87 UTIs do grupo receberam o certificado Top Performer 2022, oferecido pela Epimed e AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

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