Fertilidade x câncer de mama
Segundo dados do A.C. Camargo, o tratamento contra o câncer de mama pode causar infertilidade nas mulheres em pelo menos 40% a 50% dos casos.
É nesse ponto que surge a reprodução assistida. Ao receber o diagnóstico, a busca por orientação especializada para preservar a fertilidade é crucial. Além disso, a idade, a função ovariana e a reserva folicular são fatores que determinam as opções disponíveis.
Diagnóstico
A doença, quando diagnosticada durante a gestação, é muitas vezes marcada pelo atraso na identificação do câncer. Isso ocorre porque naturalmente a gravidez traz mudanças na mama, tornando-a mais densa e sensível, o que pode mascarar ainda mais os sinais.
Nesse cenário, a avaliação clínica e a realização do exame de mamografia são fundamentais para investigar de forma mais precisa a presença da doença.
Preciso interromper minha gravidez após descobrir a doença?
Em grande parte dos casos, a gestação não agrava a condição de câncer de mama nem impede a realização dos tratamentos. A decisão de interromper deve ser amparada pela perspectiva pessoal da mulher, sendo esclarecida pelo seu médico, além de estar em conformidade com as leis vigentes.
Tanto a quimioterapia quanto a cirurgia podem ser realizadas com segurança durante a gravidez, o que torna desnecessária a antecipação do parto devido à doença.
É fundamental que a decisão seja tomada com base em informações sólidas e em consulta com uma equipe médica especializada.
Como posso engravidar após o tratamento?
Antes de tudo, é importante esclarecer que finalizado o período de tratamento, nos casos de tumores de baixos riscos, o tempo para que a paciente possa gestar pode variar de dois a cinco anos.
Por fim, é essencial reforçar que a decisão da gravidez dependerá da gravidade da doença. Se a mulher mantiver sua fertilidade ela poderá engravidar após o tratamento oncológico.



