Pólipos intestinais são crescimentos celulares anormais que surgem na mucosa do cólon e do reto. Embora a maioria seja benigna, alguns pólipos podem evoluir para câncer colorretal, especialmente se não forem detectados e tratados precocemente. Essa possibilidade levanta uma dúvida comum entre pacientes: quando um pólipo é considerado maligno? E quais são os próximos passos?
O que são pólipos e como eles podem evoluir?
Pólipos intestinais resultam do crescimento desordenado de células na mucosa do intestino. Eles podem ser classificados em diferentes tipos, sendo os pólipos adenomatosos os mais comuns e com maior potencial para malignidade.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, cerca de 30% dos pólipos adenomatosos podem se transformar em câncer se não forem removidos. Essa progressão geralmente ocorre ao longo de 5 a 10 anos, dependendo de fatores como tamanho, tipo histológico e presença de mutações genéticas.
Como saber se o pólipo é maligno?
A única forma de determinar se um pólipo é maligno é através de uma análise histopatológica, realizada após a remoção do pólipo durante uma colonoscopia.
Durante esse exame, o médico identifica e remove os pólipos para enviar para biópsia, permitindo uma análise microscópica de histopatologia para avaliar se eles contêm células cancerígenas.
Se a biópsia confirmar malignidade, é essencial iniciar o acompanhamento com especialistas para avaliar o estágio da doença e definir o melhor plano de tratamento.
Fatores de risco
Algumas condições aumentam a probabilidade de um pólipo se tornar maligno, incluindo:
- Idade acima de 50 anos: o risco de pólipos e câncer colorretal aumenta com a idade.
- Histórico familiar: ter parentes próximos com câncer colorretal ou pólipos aumenta o risco pessoal.
- Condições inflamatórias intestinais: doença de Crohn e colite ulcerativa são fatores associados.
- Estilo de vida: dietas ricas em gorduras e pobres em fibras, sedentarismo, obesidade e consumo excessivo de álcool estão ligados ao aumento do risco.
Esses fatores devem ser discutidos com um médico para planejar estratégias de rastreamento e prevenção personalizadas.
O que fazer se o pólipo for maligno?
Caso a biópsia confirme a malignidade de um pólipo, as opções de tratamento dependerão do estágio da doença e das características do tumor. As abordagens incluem:
- Remoção cirúrgica: em casos de invasão mais profunda ou risco de metástase, pode ser necessária uma colectomia parcial para retirar o segmento afetado do intestino.
- Acompanhamento oncológico: após a remoção, o paciente será monitorado regularmente por exames de imagem e colonoscopias para verificar a presença de câncer residual ou novos pólipos.
- Tratamento complementar: Dependendo do estágio, pode ser indicada quimioterapia ou radioterapia para reduzir o risco de recidiva.
Prevenção e diagnóstico precoce
O rastreamento periódico é a chave para prevenir a progressão de pólipos benignos para câncer. A colonoscopia é o método mais eficaz para detectar e remover pólipos precocemente. Além disso, hábitos saudáveis, como dieta rica em fibras, manutenção de peso adequado e prática regular de atividade física, ajudam a reduzir o risco de formação de pólipos e câncer colorretal.



