Quando se trata de doenças graves como o câncer, os termos “remissão” e “cura” são frequentemente utilizados, mas possuem significados distintos. Embora ambos indiquem ausência ou redução de sinais e sintomas da doença, é fundamental compreender suas diferenças para evitar confusões e garantir um acompanhamento médico adequado.
O que é remissão da doença?
A remissão é uma fase na qual os sinais e sintomas da doença diminuem significativamente ou desaparecem, geralmente em resposta ao tratamento. Ela pode ser classificada em duas categorias principais.
- Remissão parcial: ocorre quando a doença ainda está presente no organismo, mas em níveis reduzidos que não causam sintomas importantes. Por exemplo, um tumor que encolhe após a quimioterapia, mas ainda contém células tumorais residuais.
- Remissão completa: todos os sinais e sintomas da doença desaparecem, e os exames não detectam mais a presença do câncer. No entanto, isso não significa que a doença foi erradicada definitivamente, pois pode haver células doentes remanescentes em níveis indetectáveis pelos métodos diagnósticos atuais.
Remissão e cura: diferenças
A principal diferença entre remissão e cura está na segurança quanto ao retorno da doença.
- Remissão: indica que a doença está controlada ou sem sinais visíveis, mas não elimina o risco de retorno. A remissão pode ser temporária, portanto o paciente precisa de acompanhamento contínuo para monitorar possíveis recidivas.
- Cura: significa a eliminação definitiva da doença, com baixíssina possibilidade de reincidência. Para doenças complexas como o câncer, a cura é considerada após um período prolongado de remissão completa, tipicamente cinco anos ou mais sem sinais de recidiva.
A importância da remissão
Embora a remissão não represente necessariamente a cura, ela é um marco essencial no tratamento de doenças graves. Representa uma melhoria significativa na condição clínica do paciente, com redução ou desaparecimento dos sintomas, o que contribui para melhor qualidade de vida e menor necessidade de terapias agressivas.
Pacientes em remissão devem manter um cronograma rigoroso de exames de acompanhamento, como exames de imagem e laboratoriais, conforme orientação médica. O monitoramento contínuo é fundamental para detectar precocemente possíveis recidivas e adaptar o plano terapêutico de acordo com o tipo de doença e o risco individual de progressão.



