
Geriatria Oncológica
A geriatria oncológica é a área da oncologia e da geriatria voltada exclusivamente para a terceira idade.
O que é geriatria oncológica?
Tratar um câncer não é fácil nos âmbitos pessoais, profissionais e familiares, independentemente da idade. No entanto, quando se trata de idosos com esse diagnóstico, o tratamento é diferenciado por conta da vulnerabilidade dessa faixa etária acima dos 60 anos. Isso significa que a geriatria oncológica é a área da oncologia e da geriatria voltada exclusivamente para a terceira idade.
Além disso, juntamente com a fisioterapia, fisiatria, nutrição e nutrologia propiciam a esse paciente a melhor forma de se preparar para o combate ao câncer.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada quatro homens entre 60 e 79 anos irá desenvolver algum tipo de câncer, sendo que 70% dos diagnósticos positivos ocorrem em pessoas com idade acima dos 65 anos. Já entre as mulheres, a estimativa é ainda mais preocupante: uma em cada três mulheres na mesma faixa etária poderá desenvolver a doença.
Como definir o tratamento da geriatria oncológica?
Para definir o tratamento do idoso com câncer, é necessário uma avaliação geriátrica ampla, para assim definir o melhor tratamento do idoso juntamente com a sua família. Alguns fatores são levados em conta, como os aspectos nutricionais, cognição (problemas de memória), alterações de humor, polifarmácia (quais remédios o idoso utiliza e os riscos de interação), teste de equilíbrio (avaliação de riscos de queda), comorbidades (doenças pré-existentes) e funcionalidade (atividades da vida diária como cuidados pessoais e realização de atividades sem o auxílio de familiares).
Quais são os desafios da geriatria oncológica?
Existem uma série de desafios para o tratamento de um idoso com câncer, que são enfrentados pela geriatria oncológica, entre eles:
- Perda de apetite e dificuldades de deglutir reduzem as refeições diárias, mas devido ao tratamento, o metabolismo sofre alterações;
- Perda de massa e força muscular em decorrência do avanço da idade acaba induzindo o paciente a menor sobrevida, onde muitas vezes é preciso interromper o tratamento e reduzir a quimioterapia;
- Os idosos sofrem também com a falta de saliva, que os leva a ter mais dificuldades de fala e de alimentação, além de sofrerem também com a alteração do paladar e da saúde dentária, outro efeito colateral da radioterapia.
- A agressividade da quimioterapia e a radioterapia podem causar nos idosos a inflamação da mucosa do revestimento do tubo digestivo, podendo comprometer o intestino.