O que é placenta?
A placenta é um órgão que se desenvolve no útero durante a gravidez. Ela é responsável por fornecer oxigênio e nutrientes ao feto e remover seus resíduos. A placenta também produz hormônios que são essenciais para a gravidez, como o estrogênio e a progesterona.
Duas partes compõem a placenta: a porção materna e a fetal. O endométrio, tecido que reveste o útero, forma o lado materno. Já o córion, uma membrana que envolve o feto, é o que forma a porção fetal.
Prática cultural sem base científica
A tradição de consumir a placenta remete a várias culturas ao redor do mundo. Em muitas sociedades, a placenta é vista como um símbolo de fertilidade, saúde e renovação. Pessoas a favor dessa prática acreditam que ingeri-la após a mulher dar à luz pode proporcionar benefícios, como equilíbrio hormonal, aumento de energia e até mesmo combate à depressão pós-parto.
Em algumas culturas asiáticas, a placenta é usada há séculos, devido às suas supostas propriedades terapêuticas. NO ENTANTO, VALE OBSERVAR QUE ESSAS PRÁTICAS SÃO CULTURAIS E NÃO TÊM UMA BASE CIENTÍFICA SÓLIDA.
Estudos que investigam o consumo da placenta para facilitar a contração uterina, a retomada dos níveis normais do estrogênio e a produção de leite são inconclusivos.
Um estudo da Faculdade de Medicina de Northwestern, em Chicago, analisou 10 pesquisas científicas publicadas sobre placentofagia. O resultado não revelou quaisquer dados de humanos ou de animais que apoiassem as alegações de que comer a placenta — seja crua, seja cozida ou encapsulada — ofereça benefícios contra a depressão pós-parto, ou que:
– Aumente a energia (disposição)
– Ajude na lactação
– Promova a elasticidade da pele
– Melhore o vínculo materno
– Reponha o ferro no corpo
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Profissionais de saúde alertam
Apesar da longa história cultural associada à placentofagia, profissionais de saúde e especialistas levantam preocupações sobre os riscos potenciais dessa prática. A principal apreensão está na possível contaminação bacteriana da placenta. Mesmo quando processada, a placenta pode abrigar bactérias que têm o potencial de causar infecções graves.
Organizações de saúde, como a Associação Americana de Obstetrícia e Ginecologia, alertam contra o consumo de placenta devido aos riscos de contaminação e à ausência de benefícios comprovados.
Em última análise, o consumo de placenta permanece uma prática controversa que envolve considerações culturais, éticas e de saúde. À medida que mais pesquisas são conduzidas e o debate enriquecido, a placentofagia continuará a ser um tópico complexo que levanta questões sobre tradição, saúde e segurança.


