Coordenação motora grossa e fina: o que são e como ajudar a desenvolvê-las no seu bebê?

Imagine como seria difícil fazer as tarefas mais simples do dia a dia sem coordenação motora! Desde pegar uma xícara de café até caminhar ou dirigir um carro, nossos movimentos são resultados de uma série de habilidades do cérebro, dos músculos e das articulações, que, juntos, mantêm o controle do corpo no espaço.

O desenvolvimento motor começa ainda nos primeiros meses de vida, quando o bebê se torna capaz de realizar movimentos como juntar as mãos e virar a cabeça. As suas capacidades se aprimoram ao longo do tempo e, por volta do 1º ano de idade, a criança já consegue segurar objetos, comer com as mãos, ficar de pé, divertir-se com os brinquedos e até chutar uma bola.

A coordenação motora é classificada em dois grupos: grossa e fina. Para entender as características e a importância de cada uma delas, além de saber como ajudar a desenvolvê-las em seu bebê, continue lendo este conteúdo.

Coordenação motora fina

Esse tipo de coordenação motora diz respeito a um grupo de movimentos pequenos e precisos dos músculos, que também envolvem as articulações dos ombros, pulsos, mãos e dedos. Coloca-se essa habilidade em prática para realizar atividades mais delicadas e essenciais para o dia a dia, como escrever, escovar os dentes, pregar um botão, fazer colagens e manusear objetos menores.

Entre as atividades que podem ajudar a criança a desenvolver a coordenação motora fina, estão:

● Fazer pintura a dedo;

● Copiar desenhos;

● Recortar papel;

● Acompanhar músicas com palmas;

● Amontoar areia e cavar buracos;

● Jogar peteca;

● Brincar de separar grãos;

● Montar quebra-cabeça;

● Fazer bolhas de sabão;

● Desenhar e colorir;

● Tirar objetos de dentro de um pote;

● Segurar objetos de diferentes tamanhos e materiais.

Coordenação motora grossa

Por sua vez, a coordenação motora grossa está relacionada a movimentos mais amplos e que exigem força, normalmente ligados a grandes músculos, como braços e pernas. Pular, dançar, correr e subir escadas são habilidades que fazem parte desse grupo, além da prática de esportes e exercícios físicos. No geral, utilizam-se as articulações dos ombros, cotovelos, joelhos e tornozelos.

As brincadeiras e atividades infantis que ajudam no desenvolvimento da coordenação motora grossa incluem:

● Engatinhar com obstáculos;

● Dançar com passos “difíceis”, como levantar a perna;

● Jogar futebol e basquete;

● Coletar os brinquedos do chão;

● Brincar de corrida de saco;

● Jogar amarelinha;

● Pular corda;

● Imitar animais;

● Brincar de “morto e vivo”

O perigo dos andadores para bebês

Um dos inimigos da evolução da capacidade motora nas crianças é o uso de andadores. Embora alguns pais acreditem que esse recurso pode ajudar no desenvolvimento, ele impede atividades essenciais como executar novas posições, movimentar-se no chão e explorar os ambientes, além de prejudicar a postura. Outro ponto essencial a ser destacado é o risco de acidentes, como quedas.

Como identificar problemas de coordenação motora na criança

Crianças com transtorno de desenvolvimento da coordenação (TDC) apresentam dificuldades para realizar atividades que são esperadas para a sua faixa etária. Com 4 meses de idade, por exemplo, os pequenos normalmente conseguem virar de barriga para baixo, enquanto no 9º mês já se sentam sozinhos e engatinham.

Além disso, quando os pais percebem que o bebê possui pernas e braços rígidos a ponto de prejudicar a movimentação e a higienização, é fundamental buscar a ajuda de um pediatra o quanto antes. Na dúvida, sempre priorize a orientação do seu médico de confiança.

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