No entanto, a insegurança em relação ao momento do parto também é frequente nesse processo.
Por isso, uma equipe multidisciplinar faz toda a diferença. “Significa uma soma de vários conhecimentos para aumentar a segurança e a satisfação com uma boa experiência de parto”, diz Paulo Noronha, Ginecologista e Obstetra do Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or São Luiz, especializado em parto humanizado e sócio da clínica Espaço Mãe.
Ele explica que uma equipe multidisciplinar no trabalho de parto costuma contar com uma enfermeira obstetra (ou obstetriz), uma doula e um pediatra, além do obstetra.
As funções de cada um se complementam. A enfermeira possui treinamento técnico para acompanhar as condições da mãe e de seu filho por meio de exames como ausculta fetal (batimentos cardíacos do bebê), progressão de dilatação do colo do útero e pressão arterial da gestante, entre outros. A doula contribui para oferecer apoio emocional à paciente. “Ela não realiza a parte técnica – por exemplo, não faz toque ou acompanha a evolução do trabalho de parto -, mas é importante como suporte emocional, ajudando na respiração, em técnicas de massagem, na liberação da pelve e encorajando a mulher durante o trabalho de parto”, explica o médico. Cabe ao pediatra recepcionar e oferecer os primeiros cuidados ao recém-nascido.
“No caso de uma cesárea, exige-se o acompanhamento de dois médicos para o atendimento da mãe e um neonatologista para atenção ao bebê”, esclarece Dr. Paulo. Em qualquer tipo de parto, a enfermeira obstetriz e a doula colaboram para reduzir as chances de complicações.
De fato, o trabalho de uma equipe multidisciplinar pode começar no pré-natal. “Fornecemos muita informação e mostramos à gestante todos os possíveis cenários a fim de que ela chegue segura o suficiente na hora do trabalho de parto para curtir como gostaria, com a certeza de que os profissionais estarão ao lado dela zelando para que tudo corra bem, seja um parto normal ou uma cesárea”, finaliza Dr. Paulo Noronha.
