O parto na água é uma modalidade de parto natural em que a mulher permanece imersa em água morna durante o trabalho de parto e, em algumas situações, também no momento do nascimento do bebê.
Mas afinal, quais são as vantagens e desvantagens desse tipo de parto? Há evidências científicas que sustentam essa escolha? A seguir, esclarecemos essas e outras dúvidas, com base em recomendações médicas atualizadas.
Como é feito o parto na água?
O parto na água é realizado em uma banheira ou piscina (plástica), com a temperatura da água mantida em torno de 36 °C, para que o bebê se sinta acolhido ao nascer.
Para a segurança de todos, o ideal é que esse tipo de parto seja planejado com a equipe de saúde durante o pré-natal. O ambiente deve contar com suporte adequado e profissionais preparados, especialmente um pediatra ou neonatologista presente no momento do nascimento.
As principais vantagens do parto na água
Segundo estudos e relatos clínicos, as principais vantagens da imersão em água durante o trabalho de parto incluem:
- alívio da dor e menor necessidade de analgesia;
- redução da duração do trabalho de parto;
- sensação de bem-estar, relaxamento e maior controle da mulher sobre o próprio corpo;
- melhoria da movimentação (a gestante pode ficar de cócoras);
- menor necessidade de episiotomia (pequeno corte feito no períneo);
- menor risco de laceração no períneo.
Quando é possível optar pelo parto na água?
A prática é indicada para mulheres com gestações de baixo risco, sem complicações e com bebês saudáveis. A imersão pode começar já nas primeiras contrações, ajudando a relaxar os músculos e a acelerar o processo de dilatação.
No entanto, o parto na água exige atenção profissional constante e preparo para emergências, já que a rápida identificação de qualquer intercorrência é essencial para garantir a segurança da mãe e do bebê.
O que diz a ciência?
Com base nas evidências mais recentes, trata-se de uma opção viável e segura para muitas mulheres, desde que sejam respeitados as recomendações médicas e os protocolos de segurança.
Dos trabalhos mais recentes, vale a pena citar o estudo publicado em 2022 na revista científica BMJ, que analisou mais de 150 mil nascimentos no Reino Unido. A pesquisa revelou que o parto na água é seguro para mulheres saudáveis e está associado a menos intervenções médicas, menor uso de medicamentos para dor, menor taxa de episiotomia e maior satisfação com a experiência do parto.
A imersão na água também reduziu significativamente o risco de hemorragia pós-parto e aumentou a chance de manter o períneo intacto. Em relação ao bebê, não foram identificados riscos significativos.
O que dizem as orientações de especialistas?
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) reconhece os benefícios da imersão em água durante o primeiro estágio do trabalho de parto, especialmente no alívio da dor e no aumento da satisfação materna. No entanto, ressalta que ainda faltam evidências robustas sobre a segurança do parto na água durante a fase de expulsão.
Por isso, a entidade recomenda que o parto na água seja realizado apenas em unidades de saúde com estrutura adequada e protocolos rigorosos, sendo necessária a presença de um pediatra com experiência em reanimação neonatal.
A SBP reforça que gestantes devem ser orientadas sobre os limites das evidências disponíveis e que o parto na água não é indicado em gestações de risco, múltiplas ou com pré-eclâmpsia. Além disso, não é recomendado para mulheres com diabetes ou histórico de cesáreas anteriores.
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