Perfil biofísico fetal: o que é e quando fazer?
O Perfil Biofísico Fetal (PBF) é um exame realizado no terceiro trimestre da gestação que avalia o bem-estar do feto e sua resposta dentro do útero. Ele combina ultrassonografia com o monitoramento dos batimentos cardíacos fetais para verificar a oxigenação do sistema nervoso central, assegurando que o feto esteja recebendo oxigênio suficiente para um desenvolvimento saudável.
O exame possibilita identificar precocemente sinais de sofrimento fetal ou problemas que possam comprometer a saúde da criança, permitindo intervenções rápidas, se necessário.
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Como o exame é realizado?
O procedimento é indolor e não invasivo. A gestante permanece deitada enquanto o profissional utiliza um aparelho de ultrassom para avaliar diferentes parâmetros. Sensores são posicionados na barriga para monitorar os batimentos cardíacos do feto e possíveis contrações uterinas. Em alguns casos, o exame pode incluir o doppler colorido, que analisa o fluxo sanguíneo entre o feto e a placenta.
O PBF avalia cinco parâmetros principais, que recebem uma pontuação de 0 a 2, totalizando até 10 pontos:
- Movimentos corporais: avalia a frequência e intensidade dos movimentos fetais, como rotação e estiramento.
- Tônus fetal: observa se o feto realiza movimentos de flexão e extensão, sucção, abertura e fechamento de pálpebras e mãos, indicando um sistema nervoso saudável.
- Movimentos respiratórios: analisa a vitalidade por meio da movimentação do diafragma e outros aspectos.
- Volume do líquido amniótico: mede a quantidade de líquido ao redor do feto, essencial para seu desenvolvimento.
- Batimentos cardíacos: associado ao exame de cardiotocografia, que avalia a frequência cardíaca fetal.
- Cada parâmetro é avaliado e somado para determinar se o feto está em boas condições de saúde ou se há necessidade de um acompanhamento mais rigoroso.
Quando fazer o perfil biofísico fetal?
O exame de perfil biofísico fetal pode ser realizado a partir da 28ª semana de gestação, sendo geralmente solicitado em situações específicas, como:
- Gravidez de alto risco, como em caso de diabetes gestacional, doenças renais, hipertensão ou pré-eclâmpsia;
- Alterações como restrição de crescimento intrauterino (RCIU);
- Diminuição dos movimentos fetais relatada pela gestante;
- Gestação prolongada: quando a gravidez ultrapassa as 40 semanas;
- Histórico de complicações em gestações anteriores.
Por que esse exame é importante?
O perfil biofísico fetal é um método seguro e eficaz para monitorar o bem-estar do feto, identificando sinais de sofrimento fetal antes que eles se agravem.
Com base nos resultados, o médico pode decidir pela continuidade do acompanhamento ou, em situações mais graves, adotar medidas para proteger a mãe e o bebê, como a indução do parto ou a realização de uma cesariana.
Vale ressaltar que o PBF é um exame complementar, que não substitui os outros exames essenciais realizados durante a gestação.
Caso tenha dúvidas sobre o procedimento, converse com seu médico obstetra.