Quando realizar a ecocardiografia fetal

O ecocardiograma (ou ecocardiografia) fetal é um exame que faz parte do acompanhamento pré-natal completo. O exame é essencial para mulheres com gravidez de alto risco e com histórico de doenças congênitas na família.

O ecocardiograma (ou ecocardiografia) fetal é um exame que faz parte do acompanhamento pré-natal completo. O exame é essencial para mulheres com gravidez de alto risco e com histórico de doenças congênitas na família. “O Ecocardiograma Fetal é um exame ultrassonográfico do coração do bebê, ainda dentro do útero materno, onde avaliamos o funcionamento e a morfologia (forma) cardíaca”, explica Israel M. de Paula Jr., cardiologista e ecocardiografista responsável pelo setor de Ecocardiograma do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro da Rede D’Or São Luiz.

Este método diagnóstico é capaz de identificar cardiopatias congênitas antes do nascimento do bebê. Segundo o Ministério da Saúde, anualmente, nascem 30 mil crianças cardiopatas no Brasil, e a cardiopatia é a terceira principal causa de óbitos em bebês durante o primeiro mês de vida, totalizando 10%. Por isso, o exame de ecocardiografia fetal é tão importante.

Israel explica que o exame é essencial para detectar a maioria das doenças cardíacas no feto. “Isso auxiliará o seu médico na indicação de um hospital com recursos adequados ou em uma intervenção cardíaca precoce.”, completa. A realização desse exame na fase pré-natal é recomendada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Além disso, a diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia para Indicações e Utilização de Ecocardiografia na Prática Clínica é de que o exame consegue avaliar o músculo cardíaco durante a vida intrauterina e permite tratar doenças cardíacas graves antes mesmo do nascimento do bebê.

O exame de ecocardiografia pode ser realizado no primeiro trimestre. Grávidas de alto risco têm recomendação médica de fazer o exame com 14 semanas. Israel explica que o exame é recomendado a partir da 18ª semana e é ideal na 28ª semana. “Em casos específicos, como histórico materno de Diabetes Mellitus antes da gestação, história familiar de cardiopatias congênitas, por exemplo, podemos realizar o exame entre a 12ª e 17ª semana de gestação.”, conclui o médico. Além disso, após a 28ª semana, o exame não é mais recomendado, pois existe uma dificuldade para observar as estruturas do coração do bebe após esta data.

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