Com o uso cada vez mais precoce da tecnologia, surgem preocupações sobre o impacto do tempo de tela no desenvolvimento infantil. Embora os dispositivos digitais façam parte da rotina familiar, é fundamental estabelecer limites claros desde os primeiros anos de vida.
O uso excessivo de telas (TV, celular, tablet, videogame) está associado a prejuízos no sono, no rendimento escolar, na saúde emocional e até mesmo no desenvolvimento de habilidades básicas, como a linguagem e a coordenação motora. A seguir, confira as recomendações para cada idade.
Tempo de tela por faixa etária
Menores de 2 anos: nada de telas. A única exceção é permitir videochamadas com familiares. O foco deve estar no brincar livre e em estímulos do mundo real, sempre com a supervisão de um adulto.
2 a 5 anos: máximo de 1 hora de tela por dia, sempre com supervisão e preferência por conteúdos interativos e educativos, livres de publicidade. Além disso, é essencial garantir pelo menos 3 horas por dia de atividade física variada, incluindo brincadeiras ao ar livre.
6 a 10 anos: até 2 horas por dia, incluindo videogames. Nessa fase, o uso de telas deve ser equilibrado com os estudos, o sono, a alimentação e esportes. Não deixe que os dispositivos fiquem no quarto das crianças, especialmente à noite, para evitar distrações e prejuízos ao sono. De acordo com o Ministério da Saúde, crianças não devem ter smartphones próprios antes dos 12 anos, por questões de segurança e exposição a riscos digitais.
11 a 17 anos: até 3 horas diárias para uso recreativo. Adolescentes costumam passar mais tempo conectados em redes sociais e jogos online. Ainda assim, é essencial manter o controle sobre horários e tipos de conteúdo. A presença dos pais continua sendo essencial para acompanhar, orientar e proteger contra cyberbullying e exposição a conteúdos inapropriados.
Por que esses limites são importantes?
O uso excessivo de telas, principalmente nos primeiros anos de vida, pode atrasar habilidades cognitivas importantes, como linguagem, atenção e memória, pois o aprendizado infantil depende de experiências reais e interações presenciais.
Além disso, a exposição prolongada à luz das telas afeta a produção de melatonina, dificultando o sono e impactando o crescimento, a imunidade e o desempenho escolar. O sedentarismo associado também favorece a obesidade e compromete o desenvolvimento motor.
No aspecto emocional, estudos indicam que o uso excessivo de dispositivos pode aumentar sintomas de ansiedade, estresse e irritabilidade.
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Dicas práticas para reduzir o tempo de tela
O equilíbrio entre o mundo digital e o real é essencial para uma infância saudável:
- Estabeleça horários e regras claras: defina momentos sem telas, como durante as refeições, antes de dormir ou em passeios em família.
- Evite telas no quarto: especialmente à noite, para priorizar o sono e reduzir distrações.
- Ofereça alternativas: incentive atividades ao ar livre, leitura, jogos de tabuleiro e esportes.
- Dê o exemplo: limite seu próprio uso. Crianças espelham o comportamento dos adultos. E, sempre que possível, participe — assista a um filme, jogue com seu filho, proponha desafios em família.
Ao limitar o tempo de tela, garantimos espaço para que o corpo se movimente, a mente se desenvolva e as relações se fortaleçam. Afinal, brincar e conviver continuam sendo insubstituíveis — mesmo em um mundo cada vez mais digital.


