Os adenomas são tumores benignos que se originam a partir de células glandulares (epitélio glandular) e podem surgir em diversas partes do corpo. Embora não sejam considerados câncer, alguns tipos de adenoma podem evoluir para tumores malignos ao longo do tempo. Por isso, entender suas características é fundamental para um diagnóstico e tratamento adequados.
O que é o adenoma?
O adenoma é um tumor benigno que se desenvolve a partir de tecido glandular. Ele pode acometer diferentes órgãos, sendo mais comum no intestino grosso (cólon e reto) — onde recebe o nome de adenoma colorretal —, além de ocorrer no fígado, glândulas tireoide e paratireoides, glândulas adrenais (suprarrenais) e glândulas salivares.
Por serem benignos, os adenomas não invadem tecidos vizinhos nem se espalham (metástase). No entanto, dependendo de sua localização, tamanho e características funcionais, podem causar sintomas ou disfunções e, em alguns casos, apresentar risco de transformação maligna.
Adenoma é câncer?
Não. Os adenomas são tumores benignos. Isso significa que eles não possuem as características agressivas dos cânceres, como invasão de tecidos adjacentes e metástases.
Contudo, alguns adenomas, como os adenomas colorretais, podem se transformar em tumores malignos (adenocarcinoma) ao longo do tempo se não forem diagnosticados e tratados precocemente. Por esse motivo, o rastreamento e o acompanhamento médico são fundamentais, especialmente em populações de risco.
Quais são os tipos de adenomas?
Adenoma colorretal
É um dos tipos mais frequentes e mais relevantes do ponto de vista clínico. Surge no revestimento do intestino grosso e pode evoluir para câncer colorretal se não for removido. A colonoscopia é o principal exame para detectar e tratar esses adenomas precocemente.
Adenoma de paratireoide
Afeta as glândulas paratireoides, responsáveis pela regulação do cálcio no organismo. Pode causar hiperparatireoidismo primário, levando à hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue), com sintomas como fadiga, osteoporose e cálculos renais.
Adenoma adrenal (ou suprarrenal)
Desenvolve-se nas glândulas adrenais. Pode ser não funcionante (sem produção hormonal) ou funcionante, quando provoca alterações hormonais. Os adenomas funcionantes podem causar síndromes como Cushing (excesso de cortisol) ou hiperaldosteronismo (excesso de aldosterona), resultando em hipertensão e distúrbios eletrolíticos.
Adenoma hepático (ou hepatocelular benigno)
Mais comum em mulheres jovens, especialmente aquelas que fazem uso prolongado de anticoncepcionais orais. Pode causar dor abdominal e, raramente, hemorragias ou transformação maligna.
Adenoma pleomórfico
É o tipo mais frequente de tumor benigno das glândulas salivares, especialmente da glândula parótida. Embora seja benigno, pode crescer lentamente e, em casos raros, transformar-se em carcinoma.
E quando aparece um nódulo suspeito de adenoma?
Quando um nódulo, como na glândula adrenal esquerda, apresenta características sugestivas de adenoma em exames de imagem, como tomografia ou ressonâncias magnéticas, são necessários exames complementares para avaliar sua funcionalidade e risco. Se o nódulo for funcionante, estiver crescendo ou causar sintomas, o tratamento cirúrgico pode ser indicado.
Prevenção e tratamento
A prevenção é possível em alguns tipos de adenoma, principalmente no caso dos adenomas colorretais, por meio de exames de rastreamento como a colonoscopia, que permite a identificação e remoção de pólipos antes que evoluam para câncer.
O tratamento varia de acordo com o tipo, localização e comportamento do adenoma. Em muitos casos, o acompanhamento clínico pode ser suficiente. Quando há produção hormonal anormal, sintomas importantes ou risco de malignização, pode ser necessária a remoção cirúrgica ou outro tipo de intervenção médica.



