O câncer de orofaringe é um tipo de tumor maligno que se desenvolve na parte da garganta situada logo atrás da boca. Essa região inclui estruturas como a base da língua, as amígdalas e o palato mole. Por estar relacionada a funções essenciais, como falar, engolir e respirar, a doença pode comprometer significativamente a qualidade de vida. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para aumentar as chances de cura e preservar o bem-estar do paciente.
Tipos de câncer da orofaringe
O câncer de orofaringe pode se manifestar de diferentes formas, dependendo do tipo de célula afetada e da localização do tumor. Conhecer essas variações ajuda a compreender o comportamento da doença e a definir a melhor abordagem terapêutica:
1. Carcinoma de células escamosas não associado ao HPV
É o tipo mais comum e se origina nas células escamosas que revestem o interior da orofaringe. Em grande parte dos casos, está associado à infecção pelo papilomavírus humano (HPV).
2. Carcinoma de células escamosas não associado ao HPV
Resulta da infecção persistente por tipos específicos de HPV, principalmente o HPV-16. Esse subtipo costuma acometer pessoas mais jovens, muitas vezes sem histórico de tabagismo ou consumo de álcool, e tende a ter melhor resposta ao tratamento.
3. Carcinoma de glândulas salivares menores
É mais raro e se desenvolve nas pequenas glândulas salivares presentes na mucosa da orofaringe, especialmente no palato mole. Pode apresentar diferentes subtipos, como o carcinoma mucoepidermoide e o carcinoma adenoide cístico.
4. Linfomas
São tumores malignos que se originam nas células do sistema linfático. Quando surgem na orofaringe, afetam com mais frequência as amígdalas ou a base da língua.
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Causas
O câncer de orofaringe ocorre quando células dessa região sofrem alterações genéticas que levam à multiplicação descontrolada e à formação de um tumor. A infecção pelo HPV, especialmente o tipo 16, é hoje a principal causa em alguns países, superando o tabagismo e o consumo de álcool. No entanto, o uso de tabaco e bebidas alcoólicas ainda permanece como um fator de risco bastante relevante, sobretudo em regiões onde o HPV é menos prevalente.
Sinais e sintomas
Os sintomas podem variar conforme a localização e o tamanho do tumor. Nos estágios iniciais, o câncer pode ser silencioso, dificultando o diagnóstico precoce. Por isso, é importante observar qualquer alteração persistente na garganta e procurar avaliação médica.
Os sinais e sintomas mais comuns incluem:
- Dor de garganta contínua;
- Dificuldade ou dor ao engolir;
- Rouquidão ou mudança persistente na voz;
- Dificuldade para abrir a boca ou movimentar a língua;
- Sensação de corpo estranho ou “entalo” na garganta;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Ínguas ou nódulos no pescoço;
- Tosse persistente, às vezes com presença de sangue;
- Manchas brancas ou vermelhas na língua ou na mucosa da boca.
Esses sinais também podem ocorrer em outras condições benignas. Por isso, a avaliação médica é essencial para o diagnóstico correto.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de orofaringe começa com uma consulta médica detalhada, que inclui exame físico da garganta e pescoço. Em seguida, podem ser realizados exames complementares, como nasofibrolaringoscopia, biópsia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que ajudam a confirmar o diagnóstico e definir o estágio da doença.
Tratamentos e possibilidade de cura
O tratamento depende do tipo, estágio e extensão do tumor, além das condições de saúde do paciente. Quando detectado precocemente, o câncer de orofaringe tem altas taxas de cura. As principais opções terapêuticas incluem:
- Cirurgia: para remoção do tumor e, em alguns casos, dos linfonodos acometidos;
- Radioterapia: frequentemente utilizada isoladamente em tumores iniciais ou associada à quimioterapia;
- Quimioterapia: usada em tumores avançados ou em combinação com radioterapia;
- Terapia-alvo e imunoterapia: indicadas em casos específicos ou metastáticos, conforme perfil molecular do tumor.
Nos casos em que a cura não é possível, o foco passa a ser o controle da doença e a melhora da qualidade de vida, com cuidados paliativos e suporte multidisciplinar.
Como prevenir o câncer de orofaringe
Embora nem todos os casos possam ser evitados, algumas medidas reduzem significativamente o risco da doença:
- Vacinação contra o HPV, indicada para meninos e meninas a partir da infância/adolescência;
- Uso de preservativos em todas as relações sexuais;
- Evitar o tabagismo e o consumo de álcool;
- Manter acompanhamento médico regular, especialmente em caso de sintomas persistentes na garganta.
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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim


