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Marcadores tumorais: saiba mais sobre os marcadores tumorais femininos

Os marcadores tumorais são substâncias que podem ser produzidas por células cancerígenas ou por tecidos normais, e seus níveis podem se elevar tanto na presença de tumores quanto em condições benignas, inflamatórias ou fisiológicas. Apesar de não serem específicos para o câncer, esses marcadores são ferramentas valiosas na prática oncológica, auxiliando no diagnóstico, estadiamento, monitoramento da resposta ao tratamento e detecção de recidivas, especialmente em neoplasias como os cânceres de mama e ovário.

O que são marcadores tumorais?

Marcadores tumorais são macromoléculas detectáveis no tumor, no sangue ou em outros fluidos corporais. Alterações nos seus níveis estão associadas ao desenvolvimento e à progressão de células neoplásicas. Sua utilização clínica contribui para avaliação do estágio da doença e acompanhamento da eficácia terapêutica, podendo em alguns casos auxiliar no diagnóstico precoce.

Principais marcadores tumorais femininos

  • Câncer de Ovário

CA 125: Frequentemente utilizado no câncer de ovário, especialmente para monitoramento após o tratamento. Pode estar elevado em outras condições ginecológicas benignas, como endometriose, o que reduz sua especificidade.

HE4 (Humoral Epididymis Protein 4): Este marcador tem sido utilizado em cânceres de ovário, particularmente para ajudar na diferenciação entre cânceres ovarianos malignos e benignos. Ele também é útil no monitoramento do tratamento e na detecção precoce de recidivas, sendo frequentemente combinado com o CA 125 em modelos de risco, como o algoritmo ROMA (Risk of Ovarian Malignancy Algorithm).

  • Câncer de ovário de células germinativas

AFP (alfa-fetoproteína): Elevada principalmente nos tumores do tipo tumor do seio endodérmico (ou tumor do saco vitelino). É útil no diagnóstico e no acompanhamento da resposta ao tratamento e detecção de recidiva.

β-hCG (gonadotrofina coriônica humana): Marcador importante em  tumores germinativos com diferenciação trofoblástica e em coriocarcinomas. Pode também estar discretamente elevado em outros tumores germinativos mistos.

LDH (desidrogenase lática): Frequentemente usada como marcador em tumores germinativos puros. Tem valor prognóstico e pode auxiliar no acompanhamento do tratamento.

  • Câncer de endométrio

CA 125: Pode estar elevado em casos avançados de câncer de endométrio, embora não seja específico para esse tipo tumoral. Seu uso é complementar na avaliação de extensão da doença e no acompanhamento de alguns casos selecionados.

CEA (antígeno carcinoembrionário): Embora seja mais comum em cânceres colorretais, o CEA também pode ser elevado em alguns tipos de câncer ginecológico, como o câncer de endométrio, especialmente em estágios mais avançados.

  • Câncer de Tireoide

Tireoglobulina: Marcador fundamental no seguimento de pacientes com carcinoma diferenciado da tireoide (papilífero e folicular), principalmente após a tireoidectomia. Elevação dos níveis pode indicar recidiva ou metástase. Não é útil para diagnóstico inicial, pois também pode estar presente em tecidos tireoidianos normais.

Câncer de mama

  • CA 15-3: um dos marcadores mais utilizados no acompanhamento de pacientes com câncer de mama, sendo útil para avaliar a resposta ao tratamento e identificar recidivas. Contudo, sua sensibilidade é limitada para o diagnóstico precoce.

Câncer de ovário

  • CA 125: frequentemente utilizado no câncer de ovário, especialmente para monitoramento após o tratamento. Pode estar elevado em outras condições ginecológicas benignas, como endometriose, o que reduz sua especificidade.
  • HE4 (Humoral Epididymis Protein 4): este marcador tem sido utilizado em cânceres de ovário, particularmente para ajudar na diferenciação entre cânceres ovarianos malignos e benignos. Ele também é útil no monitoramento do tratamento e na detecção precoce de recidivas, sendo frequentemente combinado com o CA 125 em modelos de risco, como o algoritmo ROMA (Risk of Ovarian Malignancy Algorithm).

Câncer de ovário de células germinativas

  • AFP (alfa-fetoproteína): Elevada principalmente nos tumores do tipo tumor do seio endodérmico (ou tumor do saco vitelino). É útil no diagnóstico e no acompanhamento da resposta ao tratamento e detecção de recidiva.
  • β-hCG (gonadotrofina coriônica humana): Marcador importante em  tumores germinativos com diferenciação trofoblástica e em coriocarcinomas. Pode também estar discretamente elevado em outros tumores germinativos mistos.
  • LDH (desidrogenase lática): Frequentemente usada como marcador em tumores germinativos puros. Tem valor prognóstico e pode auxiliar no acompanhamento do tratamento.

Câncer de endométrio

  • CA 125: Pode estar elevado em casos avançados de câncer de endométrio, embora não seja específico para esse tipo tumoral. Seu uso é complementar na avaliação de extensão da doença e no acompanhamento de alguns casos selecionados.
  • CEA (antígeno carcinoembrionário): Embora seja mais comum em cânceres colorretais, o CEA também pode ser elevado em alguns tipos de câncer ginecológico, como o câncer de endométrio, especialmente em estágios mais avançados.

Câncer de tireoide

  • Tireoglobulina: marcador fundamental no seguimento de pacientes com carcinoma diferenciado da tireoide (papilífero e folicular), principalmente após a tireoidectomia. Elevação dos níveis pode indicar recidiva ou metástase. Não é útil para diagnóstico inicial, pois também pode estar presente em tecidos tireoidianos normais.

Dosagem de marcadores tumorais

A dosagem sérica desses marcadores é uma ferramenta complementar na prática clínica oncológica. Valores persistentemente elevados podem indicar atividade tumoral, progressão ou recidiva da doença, enquanto reduções significativas sugerem uma resposta terapêutica positiva. No entanto, não devem ser usados isoladamente para decisões clínicas.

Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista Clínica

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