A relação entre tratamentos oncológicos e alterações de peso é uma preocupação recorrente entre pacientes que enfrentam quimioterapia ou radioterapia. Uma pergunta frequente é: a radioterapia engorda ou emagrece? Para entender essa questão, é necessário analisar como essas estratégias causam no organismo e identificar os fatores que contribuem para as mudanças de peso durante a jornada oncológica.
Radioterapia faz perder peso?
A radioterapia utiliza radiações ionizantes para destruir células cancerígenas, sendo uma abordagem localizada para o tratamento do câncer. Embora seu objetivo seja focado no o tumor, a radioterapia pode causar efeitos colaterais que influenciam no peso do paciente.
Os efeitos da radioterapia variam de acordo com a área tratada, a dose administrada e as características individuais de cada paciente. Por exemplo:
- Tratamento na cabeça e no pescoço: Pode levar a dificuldades para engolir, perda de apetite e alterações no paladar, o que frequentemente resulta em perda de peso.
- Tratamento no abdômen ou pelve: Pode causar desconforto gastrointestinal, como diarreia ou náuseas, que também contribuem para a perda de peso em alguns casos.
Entretanto, nem todos os pacientes perdem peso durante a radioterapia. Algumas condições, como retenção de líquidos ou redução na atividade física, podem levar ao ganho de peso, especialmente se o tratamento for combinado com medicamentos que alteram o metabolismo.
Por que fazer radioterapia depois da quimioterapia?
Muitos pacientes recebem quimioterapia antes da radioterapia, e essa sequência pode influenciar o peso de forma complexa:
- Quimioterapia e perda de peso: Náuseas, vômitos, diarreia e alterações no paladar são efeitos colaterais comuns da quimioterapia, que podem levar à diminuição do apetite e, consequentemente, à perda de peso.
- Quimioterapia e ganho de peso: Em alguns casos, medicamentos como corticosteroides, frequentemente usados para gerenciar efeitos colaterais da quimioterapia, podem aumentar o apetite, causar retenção de líquidos e levar ao ganho de peso.
Quando a radioterapia segue a quimioterapia, a resposta do corpo ao tratamento pode variar. Pacientes podem continuar perdendo peso devido a dificuldades na ingestão alimentar, mas também podem ganhar peso devido à redução da atividade física ou ao uso contínuo de medicações.
Fatores que influenciam o peso durante o tratamento
Diversos fatores determinam como o peso de um paciente pode ser afetado ao longo do tratamento oncológico:
1. Efeitos colaterais: ambos os tratamentos podem causar fadiga, alterações no apetite e efeitos gastrointestinais. A fadiga reduz a disposição para atividades físicas, o que, associado a uma dieta inadequada, pode levar ao ganho de peso.
2. Medicações: medicamentos como corticosteroides, utilizados para controlar náuseas e inflamações, estão diretamente relacionados ao aumento de peso devido ao aumento do apetite e à retenção hídrica.
3. Mudanças metabólicas: o câncer e seus tratamentos alteram o metabolismo, afetando a forma como o corpo processa e utiliza os nutrientes. Essas mudanças podem contribuir tanto para o ganho quanto para a perda de peso.
4. Estilo de vida: A diminuição da atividade física e a falta de atenção a uma alimentação equilibrada durante o tratamento são fatores significativos. A ansiedade e
Como saber se a radioterapia está afetando seu peso?
Monitorar o peso regularmente durante o tratamento é fundamental. Mudanças súbitas ou significativas no peso devem ser comunicadas à equipe médica, que pode ajustar o plano de tratamento ou oferecer suporte nutricional. É essencial contar com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, incluindo nutricionistas especializados em oncologia, para garantir que o estado nutricional seja mantido.
Manter uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes e adaptada às necessidades do paciente, juntamente com a prática de exercícios físicos leves (quando permitido), pode ajudar a minimizar as alterações de peso
Radioterapia engorda ou emagrece?
A resposta a essa pergunta não é universal, pois o impacto no peso depende de diversos fatores individuais, como o tipo de câncer, a localização do tratamento, o protocolo terapêutico e as condições clínicas do paciente.
O mais importante é monitorar as mudanças de peso de forma contínua e trabalhar com uma equipe multidisciplinar para adotar estratégias que promovam um estado nutricional adequado. Isso não apenas melhora a tolerância ao tratamento, mas também contribui para o bem-estar geral do paciente.



