Oxcarbazepina

O exame de oxcarbazepina consiste na dosagem sanguínea desse medicamento e de seu principal metabólito ativo, o 10-monohidroxi derivado (MHD). Trata-se de um exame utilizado no monitoramento terapêutico de drogas, com o objetivo de garantir que os níveis da substância estejam dentro de uma faixa considerada eficaz e segura para o paciente.

A oxcarbazepina é amplamente empregada no tratamento de crises epilépticas e, em alguns casos, em transtornos do humor. Sua concentração no sangue pode variar conforme o metabolismo individual, a adesão ao tratamento e possíveis interações medicamentosas.

O exame de oxcarbazepina serve para monitorar a eficácia e a segurança do tratamento com esse fármaco, permitindo ajustes individualizados na dose.

Ele é indicado especialmente quando há suspeita de falha terapêutica (crises convulsivas recorrentes), de toxicidade (como sonolência excessiva, confusão mental ou alterações na coordenação motora) ou quando o paciente utiliza outros medicamentos que possam interferir nos níveis da oxcarbazepina.

Além disso, o exame pode ser útil na investigação de eventos adversos e na confirmação da adesão ao tratamento.

O exame é feito a partir da coleta de uma amostra de sangue venoso, geralmente de 5 mL, em tubo com gel separador. O sangue é então analisado por técnicas específicas, como cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), capazes de quantificar a oxcarbazepina ou seu metabólito ativo.

Em casos de suspeita de intoxicação, a coleta pode ser feita em qualquer momento, independentemente do horário da última dose. O exame é não invasivo, com duração rápida, e não envolve exposição à radiação.

Os valores de referência podem variar de acordo com o método utilizado e o laboratório responsável pela análise. De forma geral, considera-se uma faixa terapêutica segura entre 15,0 e 35,0 µg/mL (microgramas por mililitro).

Níveis abaixo dessa faixa podem indicar dose insuficiente, comprometendo o controle das crises epilépticas, enquanto valores acima do limite podem aumentar o risco de efeitos adversos. É importante que a interpretação dos resultados seja feita por um profissional habilitado, levando em conta o quadro clínico do paciente.

O exame de oxcarbazepina costuma ser solicitado principalmente por neurologistas, que acompanham pacientes com epilepsia ou outros distúrbios neurológicos. Também pode ser indicado por psiquiatras, em contextos de uso do medicamento para estabilização do humor, ou por clínicos gerais, quando há necessidade de investigação de efeitos adversos ou ineficácia terapêutica.

Sim. Trata-se de um exame laboratorial realizado por meio de coleta sanguínea.