Beta 2 Glicoproteína 1 Igg e Igm

O exame identifica a presença de autoanticorpos das classes IgG e IgM contra a beta 2 glicoproteína 1 (ß2-GP1), também conhecida como apolipoproteína H. Esta proteína atua como cofator fosfolipídico com propriedades anticoagulantes, ajudando a regular a coagulação sanguínea.

Serve como marcador diagnóstico da síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAF), uma condição autoimune caracterizada por tromboses arteriais e venosas, além de complicações obstétricas, como abortos recorrentes e pré-eclâmpsia. Ele também auxilia na investigação de outras doenças autoimunes e trombóticas.

A partir de uma amostra de sangue coletada em laboratório. O método mais comum é o ensaio imunoenzimático (ELISA), que detecta e quantifica os anticorpos IgG e IgM presentes no soro do paciente.

Em casos de suspeita clínica de SAF, especialmente quando há episódios de trombose inexplicada, abortos de repetição, pré-eclâmpsia grave ou outras complicações gestacionais. Também pode ser pedido em pacientes com doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, para investigação de risco trombótico.

– Síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAF);
– Lúpus eritematoso sistêmico (LES), quando associado à trombose;
– Outras doenças autoimunes com manifestações trombóticas;
– Trombose venosa ou arterial de origem não esclarecida;
– Complicações gestacionais, como abortos recorrentes e pré-eclâmpsia.

Não há necessidade de preparo para a realização do exame.

Os valores de referência podem variar conforme o laboratório.
IgG: maior que 20 UA;
IgM: maior que 17 UA.
Valores abaixo desses limites são considerados negativos. Resultados intermediários podem ser classificados como indeterminados.
Interpretação dos resultados:
Negativo: ausência de anticorpos anti-beta 2 glicoproteína 1 ou níveis abaixo do valor de referência; sugere baixo risco para SAF, mas não exclui totalmente a doença.
Indeterminado: valores próximos ao limite de referência; pode ser necessário repetir o exame para confirmação, sobretudo se houver suspeita clínica persistente.
Positivo: presença de anticorpos em níveis acima do valor de referência; sugere associação com SAF ou outras condições trombóticas, devendo ser confirmado em nova amostra após pelo menos 12 semanas, para diagnóstico definitivo.

O exame pode ser solicitado por diversos especialistas, principalmente reumatologistas, hematologistas, ginecologistas/obstetras e clínicos gerais, conforme a suspeita clínica e o contexto do paciente.