Indice de Tiroxina Livre

O exame de Índice de Tiroxina Livre (T4 livre ou IT4L) mede a quantidade do hormônio tireoidiano T4 que circula no sangue na forma livre, ou seja, não ligada a proteínas. Essa é a fração biologicamente ativa do hormônio, responsável por regular processos importantes do organismo, como o metabolismo e o gasto energético.

O objetivo do exame é avaliar de forma mais precisa a função da tireoide. Ele serve para:

• diagnosticar alterações como hipotireoidismo (baixa atividade da glândula) e hipertireoidismo (atividade aumentada);
  
• acompanhar o tratamento de pessoas que usam hormônio tireoidiano;
  
• auxiliar na investigação quando os resultados do TSH ou do T4 total não são conclusivos;
  
• monitorar pacientes com doenças da tireoide já conhecidas, como tireoidite de Hashimoto ou doença de Graves.

O exame pode ser indicado em diversas situações clínicas, como:

• presença de sintomas que sugerem alteração da tireoide (cansaço, queda de cabelo, ganho ou perda de peso, tremores, palpitações, sonolência, intolerância ao frio ou calor);
  
• investigação de resultados anormais em outros exames da função tireoidiana;
  
• ajuste ou monitoramento da dose de medicamentos usados no tratamento de hipotireoidismo ou hipertireoidismo;
  
• acompanhamento de pacientes com nódulos ou outras doenças da glândula.

O exame é realizado por meio de coleta de sangue simples.

Os valores de referência podem variar conforme o método e o laboratório utilizado. Em muitos locais, os intervalos considerados normais ficam em torno de:

• 0,7 a 1,8 ng/dL para adultos.
  

É fundamental conferir os valores de referência informados no laudo do seu exame, pois cada laboratório pode adotar pequenas variações.

Um índice de Tiroxina Livre (T4 livre) elevado geralmente significa que há excesso de hormônio tireoidiano circulante no sangue. Isso pode indicar que a tireoide está funcionando além do normal ou que há alguma condição externa interferindo no resultado.

Confira abaixo as possíveis causas de um índice alto.

• Hipertireoidismo: quando a glândula tireoide produz hormônio em excesso (ex.: doença de Graves, bócio multinodular tóxico, adenoma tóxico).
• Dose excessiva de levotiroxina: em pessoas que fazem reposição hormonal, o uso acima da necessidade pode elevar o T4 livre.
• Alterações transitórias da tireoide: como na tireoidite subaguda ou tireoidite pós-parto.
• Interferências laboratoriais ou medicamentosas: uso recente de biotina, amiodarona ou corticoides pode alterar o exame.

O exame pode ser solicitado por diferentes médicos, mas os principais são endocrinologistas, clínicos gerais e ginecologistas.