A falta de apetite na gravidez é uma queixa comum, principalmente no início da gestação, e costuma gerar muita preocupação nas futuras mães. Afinal, será que isso prejudica o bebê? A gravidez dá falta de apetite mesmo? A seguir, entenda por que isso ocorre, como agir e quando buscar orientação médica.
Por que a gravidez pode causar perda de apetite?
Na maior parte dos casos, a redução da fome é temporária e pode acontecer em diferentes fases da gestação. Este sintoma pode surgir por diversos motivos:
Alterações hormonais
O aumento de hormônios como progesterona e hCG afeta o sistema digestivo, deixando o estômago mais sensível. Isso pode causar sensação de estômago cheio, azia ou náuseas, fatores que naturalmente reduzem o apetite.
Náuseas e vômitos
No primeiro trimestre, muitas mulheres enfrentam náuseas intensas que tornam difícil se alimentar. Às vezes, a própria expectativa de sentir enjoo e passar mal já diminui a vontade de comer.
Mudanças no paladar e no olfato
O olfato fica mais sensível no início da gestação, tornando certos cheiros incômodos ou até repulsivos. Isso pode criar aversões alimentares e reduzir ainda mais o apetite.
Aspectos emocionais
Ansiedade, preocupação com o bebê, medo de engordar ou alterações emocionais naturais da gravidez também influenciam o apetite.
Perda de apetite por trimestre: o que esperar?
Primeiro trimestre
É a fase em que a falta de apetite é mais comum. O aumento abrupto do hCG provoca enjoos e aversões alimentares. Muitas gestantes só conseguem comer alimentos leves, frios ou pouco temperados.
Segundo trimestre
Geralmente, os enjoos diminuem e o apetite tende a melhorar. Ainda assim, algumas mulheres continuam tendo falta de apetite no 2º trimestre, o que também pode ser normal.
Terceiro trimestre
Com o crescimento do útero, o estômago fica mais comprimido. A gestante pode se sentir saciada rapidamente e ter refluxo com maior frequência, reduzindo novamente a vontade de comer.
A falta de apetite pode prejudicar o bebê?
Na maioria dos casos, não prejudica o bebê, especialmente quando a gestante consegue ingerir pequenas porções ao longo do dia e manter uma alimentação mínima. No entanto, se houver náuseas intensas, vômitos frequentes, perda de peso ou incapacidade de ingerir líquidos, é importante buscar atendimento.
Esses sinais podem indicar hiperêmese gravídica, uma forma grave de enjoo matinal que requer acompanhamento médico.
A excelência da nossa equipe de especialistas ao seu alcance.
O que fazer para melhorar o apetite?
Algumas estratégias simples podem ajudar:
- Prefira alimentos frios (como iogurtes, frutas e saladas), que costumam ser mais toleráveis;
- Evite pratos muito gordurosos, quentes ou muito temperados;
- Consuma pequenas porções várias vezes ao dia;
- Mantenha uma boa hidratação. Beba chá de gengibre ou use lascas de gengibre para aliviar náuseas, se o médico permitir;
- Converse com o obstetra sobre suplementos ou medicamentos para enjoo. Jamais tome remédios sem prescrição médica.
Além disso, contar com acompanhamento nutricional e psicológico pode fazer toda a diferença para garantir a boa nutrição da mãe e o desenvolvimento adequado do bebê.
Uma alimentação equilibrada ajuda a suprir as necessidades da gestante e favorece um crescimento saudável, prevenindo condições como anemia, baixo peso do bebê ao nascer, malformações e até parto prematuro.
Com o apoio do seu médico, orientações nutricionais adequadas e pequenos ajustes na rotina, é totalmente possível atravessar a gravidez com mais bem-estar, segurança e saúde para você e para o seu bebê.


