Complemento C1q

O exame de complemento C1q mede a quantidade da proteína C1q no sangue, uma das primeiras envolvidas na ativação do sistema complemento. Este, por sua vez, é um dos principais mecanismos de defesa do organismo.

A proteína atua na identificação e eliminação de agentes invasores, além da remoção de células danificadas. A avaliação de seus níveis é fundamental em casos de suspeita de doenças autoimunes, inflamatórias ou imunológicas.

Este exame é indicado para:

• avaliar a integridade do sistema complemento em pessoas com infecções recorrentes;
  
• investigar doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico;
  
• monitorar atividade inflamatória ou autoimune ao longo do tempo;
  
• diagnosticar deficiências hereditárias do complemento;
  
• ajudar na diferenciação de causas de inflamação ou imunodeficiência.

A análise é realizada a partir de uma simples amostra de sangue venoso, geralmente colhida do braço.

O procedimento é rápido, não invasivo e feito em laboratório de análises clínicas. A amostra é processada para medir a concentração da fração C1q, normalmente utilizando métodos imunológicos como o ensaio imunoenzimático (ELISA).

Os valores podem variar conforme o método utilizado e o laboratório, mas geralmente ficam entre 10 a 25 mg/dL.

Valores fora desse intervalo devem ser interpretados por um médico, considerando o quadro clínico do paciente e exames complementares.

Os profissionais que mais frequentemente solicitam este exame são reumatologistas, imunologistas, nefrologistas, clínicos gerais e infectologistas.

Níveis elevados de C1q são menos comuns, mas podem ocorrer em:

• processos inflamatórios agudos;
  
• ativação intensa do sistema imune, como em infecções recentes;
• doenças autoimunes em atividade, dependendo do estágio da resposta imune.
  

Contudo, valores altos isoladamente não costumam ser diagnósticos e precisam ser avaliados em conjunto com outros marcadores.

A redução dos níveis de C1q pode indicar:

• deficiência hereditária do complemento (rara, mas associada a infecções graves e lúpus);
• lúpus eritematoso sistêmico ativo, especialmente em pacientes com nefrite lúpica;
  
• consumo aumentado do complemento em inflamações crônicas ou autoimunidade.
  

Este achado é clínico e deve ser correlacionado com sintomas, histórico e outros exames, como C3, C4 e anticorpos específicos.

Este exame analisa a concentração da proteína C1q, responsável por iniciar a via clássica do sistema complemento.

Ao medir seus níveis, é possível avaliar a capacidade do organismo de responder a agentes infecciosos, identificar deficiências imunológicas ou detectar doenças autoimunes que levam ao consumo exagerado dessa proteína.