Hepatite A

A hepatite A é uma inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite A (VHA). Trata-sede uma doença de caráter agudo, geralmente benigna, mas que pode apresentar maiorgravidade com o aumento da idade, com risco aumentado de complicações em adultos.De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, dos785.571 casos confirmados de hepatites virais no Brasil entre 2000 e 2023, 172.255(21,8%) foram causados pelo vírus A, com predomínio nas regiões Norte e Nordeste dopaís.

A transmissão da hepatite A ocorre pelo contato de fezes contaminadas com a boca,chamada via fecal-oral, principalmente pelo consumo de água ou alimentos crus ou malcozidos contaminados com o vírus. É mais comum em locais com baixos níveis desaneamento básico e higiene.

Outras formas de transmissão, embora menos frequentes, incluem:

• Contato direto com pessoas infectadas em ambientes domiciliares;
• Pessoas em situação de rua;
• Crianças em creches;
• Contato sexual, especialmente entre homens que fazem sexo com homens.

O vírus é altamente resistente no ambiente, podendo permanecer ativo por até quatro horasna pele das mãos. Crianças podem eliminar o vírus pelas fezes por até cinco meses após odesaparecimento dos sintomas.

O período de incubação da hepatite A varia de 15 a 45 dias. Alguns pacientes podem nãoapresentar sintomas, mas, quando ocorrem, eles costumam ser inespecíficos esemelhantes a outras infecções virais, incluindo:

• Febre;
• Cansaço fácil (fadiga);
• Dores musculares;
• Falta de apetite (anorexia);
• Náuseas e vômitos;
• Dor abdominal;
• Alterações do ritmo intestinal (constipação ou diarreia);
• Urina escura (colúria);
• Pele e olhos amarelados (icterícia), surgindo cerca de 4 a 7 dias após o início dos sintomas.

Ao apresentar sintomas, o paciente deve procurar avaliação médica, pois o quadro clínicopode ser confundido com outras viroses.

A hepatite A é uma doença aguda que evolui para a cura espontânea na maioria dos casos, sem necessidade de tratamento específico.

Porém, em menos de 1% dos casos, pode evoluir para insuficiência hepática aguda, podendo exigir transplante do fígado.

Não há tratamento antiviral específico para a hepatite A. O tratamento é sintomático, commedicamentos para alívio dos sintomas, sempre com orientação médica, evitando aautomedicação.As recomendações incluem:

• Acompanhamento médico regular;
• Alimentação balanceada;
• Rotina de exercícios moderados, conforme liberação médica;
• Abstinência total de álcool por pelo menos três meses.

A normalização das enzimas do fígado e a recuperação completa geralmente ocorrem ematé seis meses do início da doença.

O médico infectologista ou o hepatologista são os especialistas indicados para diagnóstico eacompanhamento da hepatite A, além do clínico geral em casos leves.

O diagnóstico é realizado por meio de exame de sangue, com a pesquisa de anticorposanti-HAV IgM, que indicam infecção recente e permanecem detectáveis por cerca de seis meses.

Também pode ser solicitada a pesquisa do anticorpo anti-HAV IgG, que indica infecção passada ou imunidade adquirida por vacinação prévia.

Vale lembrar que a infecção pelo vírus A confere imunidade permanente

A principal forma de prevenção é a vacinação. Pelo SUS, a vacina é aplicada em dose única aos 15 meses, podendo ser administrada entre 12 meses e 5 anos incompletos.

Não há contraindicação da vacina em gestantes ou lactantes.Em centros de referência do SUS, a vacina é disponibilizada em esquema de duas doses,com intervalo de seis meses, para grupos especiais, como:

• Portadores de cirrose;
• Candidatos a transplante;
• Doadores de órgãos sólidos ou células-tronco hematopoiéticas;
• Indivíduos com imunodeficiência.

Outras medidas preventivas incluem:

• Lavar as mãos antes de preparar alimentos, ao trocar fraldas e após usar o banheiro;
• Higienizar alimentos crus com água tratada, clorada ou fervida, deixando de molho por 30 minutos;
• Cozinhar bem alimentos, principalmente frutos do mar e peixes;
• Lavar adequadamente utensílios de cozinha;
• Usar instalações sanitárias adequadas;
• Adotar medidas rigorosas de higiene em creches, escolas, restaurantes e instituições fechadas;
• Evitar contato com águas contaminadas;
• Utilizar preservativos e manter higiene das áreas íntimas antes e após relações sexuais.

Na Rede D’Or você conta com:

• Equipe médica especializada em infectologia e hepatologia;
• Estrutura completa para exames diagnósticos e acompanhamento;
• Protocolos atualizados para orientação, tratamento dos sintomas e prevenção de
  complicações.

A Rede D’Or é a maior rede de saúde do Brasil. Está presente nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Maranhão, de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso do Sul, da Bahia, Paraíba e no Distrito Federal.

O grupo é composto atualmente por hospitais próprios, clínicas oncológicas (Oncologia D’Or), além de atuar em serviços complementares com exames clínicos e laboratoriais, banco de sangue, diálise e ambulatórios de diversas especialidades.

Para garantir a excelência na prestação de serviços, a Rede D’Or adotou a Acreditação Hospitalar, processo de avaliação externa para examinar a qualidade dos serviços prestados conduzido por organizações independentes, como uma de suas principais ferramentas. Os hospitais do grupo já receberam certificações emitidas por organizações brasileiras, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA), e internacionais, como a Joint Commission Internacional (JCI), Metodologia Canadense de Acreditação Hospitalar (QMENTUM IQG), e a American Society of Clinical Oncology (ASCO).

A Rede D’Or ainda oferece aos pacientes críticos o cuidado necessário no momento certo, o que leva a melhores desfechos clínicos e à alocação eficiente de recursos. Por isso, 87 UTIs do grupo receberam o certificado Top Performer 2022, concedido  pela Epimed e AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira.