Gaslighting

O termo gaslighting tem ganhado cada vez mais destaque em discussões sobre relacionamentos abusivos, saúde mental e ambientes tóxicos de convivência. Trata-se de uma forma sutil de abuso psicológico, mas extremamente prejudicial, que pode afetar o estado emocional e a autoestima de quem a sofre.

A seguir, entenda melhor como identificar esse comportamento e quais caminhos podem ajudar a enfrentá-lo de forma segura e consciente.

Gaslighting é uma forma de manipulação emocional em que o abusador distorce informações, nega fatos e cria situações para fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção, pensamentos e sentimentos. Essa prática costuma ocorrer de maneira persistente e intencional, com o objetivo de confundir, desestabilizar e controlar outra pessoa.

A tradução literal do termo para o português é “iluminação a gás”, mas seu significado se origina de um clássico de Hollywood, Gas Light (1944). O filme conta a história de um homem que manipula sua esposa a acreditar que está louca.

O gaslighting pode ocorrer em diversos contextos, como em relacionamentos afetivos, familiares e profissionais. Confira abaixo os exemplos e as formas comuns desse tipo de abuso psicológico.

• Negação de fatos: o manipulador afirma falsidades evidentes, mesmo diante de provas contrárias.
• Manipulação da realidade: informações são omitidas e distorcidas para confundir a vítima, fazendo-a duvidar de sua memória e compreensão.
• Bode expiatório: a vítima é constantemente culpada por problemas ou falhas do abusador, assumindo responsabilidades que não lhe cabem.
• Trivialização: o manipulador desvaloriza o que a vítima sente, dizendo coisas como “você está exagerando” ou “isso não é nada”. Assim, a pessoa começa a sentir que suas emoções não são válidas.
• Inversão da narrativa: acontece quando o manipulador contesta a memória da vítima, dizendo que ela está se confundindo ou lembrando errado.
• Bloqueio e desvio: em vez de responder diretamente, o agressor muda o foco da conversa, troca o assunto ou ataca a vítima com perguntas que a colocam na defensiva, como forma de evitar a responsabilidade.

Entender como reconhecer o gaslighting é essencial para romper com esse ciclo de violência. O abusador normalmente alterna entre atitudes afetuosas e hostis, o que gera confusão e instabilidade emocional na vítima. Seus comportamentos mais frequentes englobam a negação de suas ações abusivas, distorção de fatos e eventos, minimização dos sentimentos da outra pessoa e projeção de culpa.

Os principais sinais de que alguém pode ser vítima de gaslighting são:

• sentimento constante de confusão ou dúvida sobre si mesmo;
• desculpar-se com frequência, mesmo sem motivo claro;
• percepção de que algo está errado, mas dificuldade em explicar o quê;
• queda da autoestima e dificuldade em tomar decisões;
• sensação de estar sempre “pisando em ovos”;
• isolamento de amigos e familiares.

No caso do gaslighting no trabalho, a manipulação pode ser realizada por colegas, líderes e subordinados. Os comportamentos frequentes incluem distorcer informações compartilhadas em reuniões, negar acordos previamente estabelecidos e manipular relatos para colocar o profissional em uma posição de incompetência.

Sim, o gaslighting pode ser considerado crime no Brasil. A Lei nº 14.188/2021 incluiu no Código Penal a violência psicológica contra a mulher. Esta legislação diz respeito às condutas que causam dano emocional e prejudicam o pleno desenvolvimento da vítima, incluindo manipulação, humilhação e isolamento.

Ao identificar o gaslighting, é importante buscar apoio psicológico para entender e lidar com a situação da melhor forma, uma vez que esse tipo de comportamento pode afetar profundamente a autoconfiança e a saúde emocional da vítima. Contar com auxílio jurídico e denunciar o abuso é muitas vezes necessário.

A Rede D’Or é a maior rede de saúde do Brasil. Está presente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Paraná, Paraíba, Alagoas, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

O grupo é composto atualmente por hospitais próprios, clínicas oncológicas (Oncologia D’Or), além de atuar em serviços complementares com exames clínicos e laboratoriais, bancos de sangue, diálise e ambulatórios de diversas especialidades.

Para garantir a excelência na prestação de serviços, a Rede D’Or adotou a Acreditação Hospitalar, um processo de avaliação externa para examinar a qualidade dos serviços prestados, conduzido por organizações independentes, como uma de suas principais ferramentas. Os hospitais do grupo já receberam certificações emitidas por organizações brasileiras, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA), e internacionais, como a Joint Commission International (JCI), a Metodologia Canadense de Acreditação Hospitalar (QMENTUM IQG) e a American Society of Clinical Oncology (ASCO).

A Rede D’Or ainda oferece aos pacientes críticos o cuidado necessário no momento certo, o que leva a melhores desfechos clínicos e à alocação eficiente de recursos. Por isso, 87 UTIs do grupo receberam o certificado Top Performer 2022, oferecido pela Epimed e AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

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