Depressão

A depressão é uma doença psiquiátrica que afeta o emocional de um determinado indivíduo, fazendo com que ele experimente certos sintomas como tristeza profunda e desesperança.

A depressão é um dos problemas de saúde mental mais comuns, sendo que várias pessoas podem passar por períodos depressivos em sua vida. Pode ser uma condição crônica e, inclusive, recorrente. Por isso, é essencial ficar atento aos seus sintomas e, a qualquer sinal de recaída, procurar ajuda médica.

Com as dificuldades do dia a dia, é comum que existam momentos nos quais um indivíduo se sente angustiado, ansioso, preocupado e triste, mas isso não costuma durar mais do que 20 a 30 dias. Quando acontece uma mudança na vida, como a morte de um ente querido, a troca de um emprego e os problemas financeiros, a pessoa pode ficar triste e isso é totalmente normal.

A depressão ocorre quando há um quadro em que esses sintomas afetam uma mesma pessoa por mais de três meses, sem perspectiva de melhora. Todo esse sofrimento pode também não ter nenhuma causa aparente ou evidente.

É possível diferenciar episódios de tristeza do transtorno depressivo. A primeira forma é olhar para o motivo. A tristeza tem uma causa, que pode ser a perda de um amigo ou familiar, um relacionamento que chegou ao fim ou uma demissão. A pessoa, em geral, sabe exatamente qual é o motivo pelo qual está triste.

A depressão, por sua vez, é uma tristeza profunda e, muitas vezes, sem causa aparente. Mesmo se algo maravilhoso acontecer na vida da pessoa, ela continua triste.

A pessoa triste pode ter sintomas no corpo, como sentir aperto no peito, taquicardia, chorar. A pessoa deprimida também apresenta esses sinais, mas muitas delas têm, também, pensamentos suicidas.

As causas da depressão podem ser diversas e ter a influência de fatores genéticos e até mesmo de eventos traumáticos que aconteceram na infância do paciente que está sofrendo dessa condição. De forma geral, podemos listar as seguintes possíveis causas para um quadro de depressão:

• histórico familiar;
• transtornos psiquiátricos correlatos;
• estresse crônico;
• ansiedade crônica;
• disfunções hormonais;
• excesso de peso;
• sedentarismo e dieta desregrada;
• vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas);
• uso excessivo de internet e redes sociais;
• traumas físicos ou psicológicos;
• pancadas na cabeça;
• problemas cardíacos;
• separação conjugal;
• enxaqueca crônica.

Existem três tipos principais de depressão: leve, moderada e grave. Também podem ocorrer quadros de depressão pós-parto, acontecendo especificamente no puerpério, período pelo qual a mulher passa logo após dar à luz; depressão bipolar, alternando episódios de euforia, com episódios de apatia; depressão sazonal, causada por alguma mudança no ambiente, como uma diminuição à exposição solar e depressão psicótica, quando há episódios que apresentam alucinações.

Essa é uma condição incapacitante, que pode forçar uma pessoa a deixar de lado suas atividades do dia a dia.

A depressão pode ser silenciosa, ainda mais em indivíduos que são mais tímidos e que costumam guardar seus sentimentos, ao invés de compartilhá-los com amigos e familiares ou mesmo buscar ajuda profissional. No entanto, alguns sinais e sintomas de depressão podem ser bem aparentes:

• apatia;
• falta de interesse nas atividades que antes davam prazer;
• medos excessivos;
• falta de motivação no trabalho;
• mudanças no peso corporal (tanto aumento, quanto perda);
• dificuldade de concentração;
• pessimismo;
• negatividade;
• insegurança;
• irritabilidade;
• insônia ou sono em excesso;
• fadiga e cansaço extremo;
• sensação constante de culpa e de não servir para nada;
• baixa autoestima;
• angústia;
• ansiedade;
• mudanças na libido;
• pensamentos suicidas.

Existem remédios que são capazes de auxiliar o indivíduo com depressão e que fazem parte do tratamento da doença. Eles podem precisar de ajustes, porque causam certos efeitos colaterais, mas ainda são o caminho mais recomendado para sair da depressão.

Além da medicação, que deve ser sempre prescrita pelo psiquiatra, recomenda-se também que o paciente faça o acompanhamento com o psicólogo por meio da psicoterapia. Os objetivos são descobrir as causas da infelicidade e estimular uma mudança de mentalidade, tornando a pessoa capaz de controlar suas emoções e lidar de forma diferente com os acontecimentos da vida.

Os principais tipos de psicoterapia indicados para tratar a depressão são:

• Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): abordagem que trata a depressão como o resultado de uma forma negativa de pensar. Para combatê-la, é preciso modificar a maneira como a pessoa interpreta o mundo. Costuma apresentar resultados duradouros porque estimula uma mudança de mentalidade. Não tem um prazo determinado.
• Terapia Interpessoal (TI): tem tempo limitado, planejado especificamente para tratar a fase aguda da depressão, que ocorre por um contexto social e interpessoal. Ajuda o paciente a administrar de maneira adequada os problemas interpessoais que podem causar a depressão, focando em quatro áreas:  luto, disputas interpessoais (conflitos com familiares, amigos e cônjuges), mudança de papéis (término de estudos, transição para um novo emprego, divórcio, crise financeira etc.) e déficits interpessoais (solidão, isolamento, melancolia e angústia).

Lembrando que, como se trata de abrir os sentimentos e contar episódios da vida pessoal para o profissional, é importante que a pessoa se identifique com a abordagem. Portanto, se não houver essa identificação em um primeiro momento, o recomendado é não abandonar o tratamento, mas sim buscar outro profissional com o qual se sinta mais à vontade.

Realizar atividades físicas, descobrir novos hobbies e socializar com outras pessoas também são formas de combater a depressão.

A duração do tratamento varia de pessoa para pessoa e depende do grau da depressão.

A melhor forma de ajudar alguém com depressão é entender que essa é uma condição médica, na qual o paciente não consegue controlar a forma como se sente ou como age.

É preciso evitar frases feitas e fomentar o indivíduo a procurar auxílio médico o mais rápido possível. Levá-lo para praticar atividades físicas, para passear ou para fazer atividades divertidas, que o façam esquecer de seus sentimentos, também são boas formas de ajudar alguém com depressão.

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