A fimose é uma condição que afeta majoritariamente pacientes do sexo masculino. Nela, o indivíduo apresenta dificuldades em expor a cabeça do pênis por conta de um excesso ou estreitamento de pele presente no prepúcio.
Normalmente, a fimose acomete bebês, sendo que, dependendo da quantidade de pele presente, pode ser necessária a realização de um procedimento cirúrgico, a cirurgia de fimose. Em crianças, a fimose costuma causar muita dor na região, além de uma inflamação que pode ser constante e causar febre.
Já a fimose em adultos pode causar dificuldades no desempenho sexual, além de também ser um dos fatores de risco para o câncer de pênis.
Em mulheres, a fimose pode ocasionar uma união dos grandes lábios, impedindo a exposição da entrada da vagina. Para tratar da fimose em mulheres, são realizados procedimentos cirúrgicos ou o uso de pomadas locais com grandes doses de estrogênio, que acabam soltando a pele naturalmente.
São dois os tipos de fimose: a fimose fisiológica e a fimose secundária.Na fimose fisiológica, o paciente já apresenta esse excesso de pele, sendo que cabe ao médico pediatra realizar o acompanhamento para saber se a pele está se retraindo normalmente ou não. Caso ela não esteja, pode ser necessário realizar um tratamento desde cedo, para impedir problemas futuros.
Já a fimose secundária costuma acontecer a qualquer idade da vida do paciente, sendo que ela pode surgir depois de uma infecção ou inflamação no pênis, ou até mesmo algum traumatismo mais sério na região genital.
Existem 5 graus de fimose e cada um refere-se ao excesso de pele ou ao estreitamento que impede a exposição da cabeça do pênis.
No primeiro grau de fimose, é possível puxar o prepúcio, mas há uma certa dificuldade em expor a base da glande e a pele também não consegue ser facilmente puxada para frente.
Na fimose grau 2, a pele já não passa da parte mais larga da glande, enquanto uma fimose de grau 3, por sua vez, faz com que a pele da glande fique livre somente no orifício urinário.
No grau 4, há grande quantidade de pele acumulada, que faz com que a glande não possa ser exposta, mas ainda há certa possibilidade de mobilidade e retração.
Já o grau 5 de fimose faz com que a pele fique tão firme, que não é possível movimentá-la de forma alguma para expor a glande. Esse é o grau mais severo de fimose e requer, em muitos casos, que o paciente faça uma cirurgia imediata para corrigir a alteração fisiológica.
Além da dificuldade em expor a cabeça do pênis, o indivíduo com fimose também pode apresentar:
– dor ou ardência ao urinar;
– inchaço;
– infecções frequentes;
– acúmulo de secreções na região da cabeça do pênis e
– incômodo ou dificuldades na hora de ter relações sexuais (para fimose em adultos).
Existem várias causas para a fimose. Muitas vezes, são características genéticas do indivíduo, em especial nos casos em que o paciente já nasce assim. Assaduras frequentes causadas por fraldas também podem fomentar o surgimento da fimose.
A fimose secundária pode ser causada por diversas razões, como a má higienização, causando inflamações frequentes que acabam estreitando a pele do local, impedindo a exposição da cabeça do pênis.
A principal recomendação médica para a fimose é a de evitar ao máximo realizar massagens ou manipulações com o objetivo de aumentar a abertura do prepúcio. Isso pode causar rachaduras e microfraturas na pele que só pioram a condição, abrindo caminho para a entrada de bactérias que podem causar infecção.
Além disso, quando essas microfraturas cicatrizarem, podem trazer ainda mais rigidez ao local, causando ainda mais dificuldades.
É importante buscar ajuda médica e realizar a cirurgia o mais breve possível, para evitar qualquer tipo de infecção ou piora no quadro médico. Além disso, manter a boa higiene do pênis é essencial.
Para tratar essa condição, normalmente é realizada uma operação de fimose, que visa tratar esse estreitamento ou excesso de pele por meio de cirurgia.
Nesse caso, o ideal é fazer a cirurgia antes da adolescência, porque a fimose pode causar problemas no desempenho sexual e na produção de esperma, no caso dos homens, causando infertilidade.
Dependendo do grau da doença, podem ser indicadas pomadas para fimose, feitas à base de corticoide, que ajudam a pele a se soltar de forma natural, liberando a exposição da cabeça do pênis.
A cirurgia de fimose, conhecida como postectomia, é popularmente chamada de circuncisão. Ela é feita com anestesia sempre, sendo que em crianças, a recomendação é que seja feita com anestesia geral.
Em pacientes adultos, o cenário da anestesia para cirurgia de fimose é avaliado a cada caso, sendo que o paciente pode optar por uma anestesia local, uma anestesia geral ou uma anestesia raquidiana (similar à peridural que é dada às mulheres em trabalho de parto), onde o paciente deixa de sentir a porção inferior de seu corpo.
Dependendo do tipo de anestesia escolhida, o paciente pode ir para casa no mesmo dia, inclusive dirigindo e sem precisar fazer jejum ou ter um acompanhante.
No procedimento, é removida a pele da glande e são feitos alguns cortezinhos para que a pele fique mais solta. É colocado um curativo no local.
No geral, a cirurgia de fimose é muito tranquila, com um pós-operatório suave. O paciente pode sentir um pouco de dor ao urinar, além de ter alguns sangramentos nos 7 dias seguintes ao procedimento. Ele recebe orientações sobre como fazer o curativo e também uma pomada analgésica caso sinta dor.
Dúvidas sobre esforço e atividade sexual costumam ser tiradas após o procedimento, pelo próprio cirurgião que o fez.
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