Tricotilomania (TTM) é um transtorno psiquiátrico que faz com que o paciente sinta um desejo incontrolável e frequente de arrancar fios de cabelo e pelos de seu corpo, removendo-os de locais como o couro cabeludo, cílios, sobrancelhas e barba, que são os casos mais comuns, além da virilha, braços e pernas.
Tricotilomania (TTM) é um transtorno psiquiátrico que faz com que o paciente sinta um desejo incontrolável e frequente de arrancar fios de cabelo e pelos de seu corpo, removendo-os de locais como o couro cabeludo, cílios, sobrancelhas e barba, que são os casos mais comuns, além da virilha, braços e pernas.
Para remover, o paciente usa seus próprios dedos ou instrumentos como as pinças. Mais do que um ato de autocuidado, a tricotilomania é desencadeada não por um desejo estético ou por preocupações com a aparência pessoal.
Na tricotilomania, é como se o paciente sentisse uma vontade súbita e impulsiva de arrancar o pelo, e na maioria das vezes, é impossível de controlar. Ele sente uma pressão para remover aquele determinado fio e, quando o faz, sente-se aliviado e recompensado por ter feito esse ato. Por isso, a tricotilomania é considerada uma doença relacionada ao transtorno do controle do impulso.
Para prolongar essa sensação de recompensa, alguns pacientes podem ainda brincar com os fios depois da remoção e alguns podem engolir esses pêlos, no que se caracteriza como uma outra doença, a tricofagia. Como o corpo humano não é capaz de digerir a queratina, que é o principal componente dos pelos, conforme o paciente os ingere, eles acabam se embolando dentro do sistema digestivo dos pacientes, causando verdadeiras bolas de pelos no estômago, chamadas pelos médicos de “tricobezoares” e só podem ser removidos por meio de uma intervenção cirúrgica.
Os pacientes com tricotilomania podem apresentar falhas capilares em trechos de seu couro cabeludo e de outras partes de seu corpo. Em alguns casos, a pessoa tem consciência do ato de remover os pelos, enquanto em outros, o paciente realiza essa remoção distraidamente ao realizar outra atividade.
A grande maioria dos pacientes afetados com a tricotilomania é do sexo feminino e a doença geralmente acontece após a puberdade.
Não existe uma causa específica para a tricotilomania e os médicos entendem que esse é um transtorno psiquiátrico que pode englobar diferentes fatores, que vão desde a parte genética e hereditária do paciente até outros componentes neurobiológicos ou comportamentais.
É importante ressaltar, no entanto, que a tricotilomania pode estar associada a outras condições psíquicas, como distúrbios emocionais, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), depressão, transtornos de controle do impulso e transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Entre os sintomas mais comuns de tricotilomania, podemos destacar:
– Vontade incontrolável, repentina e frequente de arrancar pelos e fios de cabelo de uma determinada área do corpo ou em diferentes locais;
– Sensação de prazer, alívio ou recompensa imediatos após a realização do ato de remoção do fio;
– Falhas perceptíveis nos pelos do corpo ou no couro cabeludo que podem variar de tamanho;
– Geralmente, esse é um paciente que já tentou, de algum modo, parar ou controlar o ato de arrancar os fios de cabelo e pelos, mas não conseguiu e cedeu à pressão do comportamento impulsivo;
– Outros hábitos relacionados à automutilação, como o ato de roer as unhas com frequência, cutucar as cutículas ou até mesmo outras partes do corpo. O paciente pode fazer o uso de determinadas estratégias para tentar ocultar essas falhas, como o uso de chapéus e bonés.
Muitos pacientes sentem vergonha e constrangimento por possuírem este quadro médico e, por isso, evitam procurar ajuda especializada. Ainda, quando o paciente possui a tricofagia combinada com a tricotilomania, ou seja, ele ingere os fios de cabelos arrancados após sua remoção e outros sintomas podem se apresentar, são eles:
– Náuseas e vômitos;
– Dores abdominais;
– Perda de apetite;
– Bloqueios intestinais.
O tratamento da tricotilomania (TTM) é feito normalmente por uma equipe multidisciplinar, que pode envolver desde um médico psiquiatra até um psicólogo e um dermatologista.
Juntos, os especialistas de cada área vão encontrar a melhor abordagem para o tratamento de tricotilomania, de acordo com o quadro médico completo do paciente.
Em alguns casos, esse tratamento poderá incluir o uso de medicamentos psiquiátricos, além da realização de análise e terapia que vão permitir ao paciente identificar seus gatilhos comportamentais que fazem com que um episódio de tricotilomania se apresente.
Grupos de trabalho, onde outros pacientes com tricotilomania discutem seus casos abertamente, assim como a realização de atividades físicas e de relaxamento, que podem ajudar no quadro geral do paciente.
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