Mercúrio – Urina Inicio de Jornada

É um teste laboratorial utilizado para identificar e quantificar a presença de mercúrio na urina de trabalhadores antes que comecem seu expediente. Ele faz parte do monitoramento da saúde ocupacional e tem como principal objetivo avaliar a carga corporal do metal acumulada previamente, ou seja, antes de qualquer nova exposição durante o turno.

Este exame é essencial em ambientes onde há risco de contaminação por mercúrio, como indústrias químicas, mineradoras ou laboratórios, pois permite detectar precocemente níveis elevados da substância no organismo, de modo a contribuir para a prevenção de intoxicações e para a adoção de medidas corretivas ou preventivas no ambiente de trabalho. Além disso, os dados obtidos auxiliam no controle de riscos e na promoção de um ambiente laboral mais seguro.

A principal função é monitorar a exposição ocupacional ao mercúrio, de modo a garantir que os trabalhadores não estejam acumulando quantidades perigosas dessa substância no corpo ao longo do tempo.

Ao realizar a coleta antes do início da jornada, é possível medir os níveis de mercúrio já presentes no organismo, sem a interferência da exposição do dia. Desta forma, o exame ajuda a identificar se o ambiente de trabalho e as medidas de proteção adotadas estão sendo eficazes na prevenção da contaminação.

Ele também pode orientar decisões como a necessidade de afastamento temporário, revisão dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e ajustes nos processos produtivos. Embora não seja um exame diagnóstico, é uma ferramenta essencial para a promoção da saúde e segurança no ambiente laboral.

A realização do exame é simples e rápida. A coleta da amostra de urina deve ser feita no início do expediente, antes do trabalhador iniciar suas atividades, preferencialmente no local de trabalho ou em laboratório parceiro.

Esta coleta é geralmente de amostra única, e deve ser armazenada em um frasco estéril e adequado. Depois, o material é enviado ao laboratório, onde é analisado por técnicas específicas, capazes de identificar com precisão a quantidade de mercúrio presente.

O resultado obtido é comparado a valores de referência estabelecidos por normas internacionais e nacionais de saúde ocupacional, o que possibilita avaliar se o nível detectado está dentro dos padrões considerados seguros.

Os valores de referência variam conforme a metodologia utilizada, mas, em geral, considera-se que concentrações inferiores a 20 µg/g de creatinina estão dentro dos limites aceitáveis para trabalhadores expostos ocupacionalmente ao mercúrio.

Resultados acima desses níveis podem indicar acúmulo no organismo e exposição excessiva, o que requer uma análise cuidadosa do ambiente de trabalho e a adoção de medidas corretivas.

Esses valores servem como indicadores de segurança e são definidos com base em evidências científicas que relacionam os níveis urinários de mercúrio com o risco de efeitos tóxicos à saúde, como alterações neurológicas e renais.

O exame é comumente solicitado por médicos do trabalho, que são os profissionais responsáveis pelo monitoramento da saúde dos trabalhadores em ambientes com risco ocupacional. Contudo, também pode ser indicado por outros especialistas, como nefrologistas, neurologistas, gastroenterologistas e clínicos gerais, caso existam sintomas clínicos relacionados à exposição ao mercúrio.

A quantidade aceitável de mercúrio na urina depende do contexto da exposição. Para trabalhadores expostos ocupacionalmente, o limite considerado seguro é de até 20 µg/g creatinina. Acima desse valor, o risco de efeitos adversos à saúde aumenta. Já para pessoas não expostas ocupacionalmente, os níveis esperados são inferiores a 5 µg/g de creatinina.