Esquizofrenia
O que é esquizofrenia?
A esquizofrenia é um transtorno mental crônico e grave que causa a perda de conexão com a realidade, e sintomas, como alucinações, delírios, fala confusa, pensamento desorganizado ou psicose.
A esquizofrenia pode surgir na adolescência ou início da idade adulta, entre 20 e 30 anos de idades, afetando principalmente mulheres, sendo causada por fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais.
O tratamento da esquizofrenia é feito pelo psiquiatra e, normalmente, envolve o uso de remédios antipsicóticos para controlar os sintomas, psicoterapia ou internamento hospitalar nos casos mais graves.
Quais são os sintomas de esquizofrenia?
Os principais sintomas da esquizofrenia são:
- Alucinações, como ouvir vozes, sentir gostos ou ver coisas que não existem;
- Delírios, como sensação de que está sendo perseguido ou vigiado, ou de que alguém está lendo sua mente;
- Pensamento desorganizado ou dificuldade de concentração;
- Fala confusa, reduzida, sem sentido ou monótona;
- Agitação, irritabilidade, movimentos repetitivos ou gestos estranhos;
- Expressão facial diminuída ou falta de emoções;
- Falta de motivação e interesse por atividades do dia a dia;
- Apatia emocional ou isolamento social.
Além disso, a pessoa pode apresentar falta de autocuidado, usar roupas incomuns ou desalinhadas, ou ter falta de higiene pessoal.
Também podem surgir depressão, problemas para dormir ou surtos psicóticos, que correspondem a dificuldade de entender a diferença entre o imaginário e o que é real.
Sintomas de esquizofrenia leve
Os principais sintomas da esquizofrenia leve são:
- Mudanças de humor;
- Dificuldade de concentração, pensamento ou raciocínio;
- Falta de interesse nas atividades habituais;
- Desconfiança ou isolamento social leve;
- Alterações do sono ou apetite.
Além disso, podem surgir pequenas alterações na fala ou queda no desempenho na escola ou no trabalho.
Sintomas de esquizofrenia grave
Os principais sintomas de esquizofrenia grave são:
- Comportamento agressivo;
- Ideias ou comportamento de automutilação;
- Episódios de delírios e alucinações frequentes e intensos;
- Pensamento gravemente desorganizado;
- Incapacidade de se autocuidar, com a aparência e com a higiene pessoal.
A esquizofrenia grave também pode aumentar o risco de pensamentos sobre suicídio.
Sintomas de esquizofrenia infantil
Em crianças, a esquizofrenia infantil pode causar atraso no desenvolvimento da fala, dificuldade de atenção ou queda no rendimento escolar.
Além disso, outros sinais de esquizofrenia infantil são a criança pode ter dificuldade de socializar com outras crianças, e mais raramente apresentar delírios ou alucinações.
Qual médico trata a esquizofrenia?
O médico especialista em esquizofrenia é o psiquiatra, que deve ser consultado para diagnosticar e tratar a esquizofrenia.
Além disso, o clínico geral ou o pediatra também podem ser consultados para diagnosticar a esquizofrenia e, normalmente, depois a pessoa é encaminhada para um especialista.
A Rede D’Or possui uma equipe de médicos da Rede D’or capacitados para diagnosticar e orientar sobre o tratamento da esquizofrenia.
Como é feito o diagnóstico da esquizofrenia?
O diagnóstico da esquizofrenia é feito pelo psiquiatra através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, fatores de risco e realização de uma avaliação psiquiátrica completa.
A esquizofrenia é diagnosticada quando a pessoa apresenta pelo menos dois ou mais sintomas, sendo que pelo menos um deles deve ser delírios, alucinações ou discurso desorganizado, por uma boa parte do tempo durante 1 mês.
Normalmente, não são necessários exames complementares para diagnosticar a esquizofrenia, no entanto, o médico pode pedir exames laboratoriais ou de imagem para descartar outras condições de saúde.
Qual exame detecta a esquizofrenia?
Os principais exames que detectam a esquizofrenia são:
- Hemograma completo;
- Painel metabólico;
- Eletroencefalograma;
- Tomografia computadorizada do crânio;
- Ressonância magnética;
- Testes toxicológicos.
Os exames para esquizofrenia normalmente são indicados para descartar outras condições de saúde com sintomas semelhantes, como aneurisma cerebral, encefalite, meningite ou tumores cerebrais, por exemplo.
Além disso, o médico pode indicar a realização de um teste genético para esquizofrenia, que pode ajudar a avaliar o risco de desenvolver a doença, principalmente em pessoas com histórico familiar de esquizofrenia, ou para ajudar a otimizar o tratamento com medicamentos.
Onde fazer o exame para esquizofrenia?
Os exames para esquizofrenia podem ser realizados em diversas unidades da Rede D’Or espalhadas pelo Brasil.
Consulte a unidade mais próxima para verificar a disponibilidade e agendar o procedimento com orientação médica especializada.
O que causa esquizofrenia?
A causa exata da esquizofrenia não é completamente conhecida, mas sabe-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos, podem aumentar o risco da doença.
Esquizofrenia é hereditária?
A esquizofrenia pode ser hereditária, principalmente, quando se tem um parente de primeiro grau com esquizofrenia.
No entanto, existem casos de esquizofrenia que surgem sem ter nenhum caso na família com a doença.
Por isso, a esquizofrenia é considerada uma doença multifatorial, ou seja, uma combinação de diferentes fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento.
Quais os fatores de risco para esquizofrenia?
Os principais fatores que podem aumentar o risco de esquizofrenia são:
- Histórico familiar de esquizofrenia;
- Gênero, sendo mais comum em mulheres;
- Infecções durante a gravidez, como influenza, rubéola ou herpes;
- Complicações durante o nascimento;
- Baixo peso ao nascer;
- Traumas ou abuso na infância;
- Anormalidades na estrutura e função do cérebro.
Além disso, o uso de cannabis ou de THC na adolescência também aumenta o risco de esquizofrenia.
Esquizofrenia é grave?
A esquizofrenia é considerada grave, pois pode afetar a capacidade de autocuidados da pessoa, e sua autonomia, além de poder aumentar o risco de automutilação e suicídio.
Além disso, a esquizofrenia pode dificultar o convívio social e as habilidades no trabalho e na escola.
Quais os tipos de esquizofrenia?
Os principais tipos de esquizofrenia são:
- Esquizofrenia paranoide;
- Esquizofrenia catatônica;
- Esquizofrenia residual;
- Esquizofrenia simples;
- Esquizofrenia indiferenciada;
- Esquizofrenia hebefrênica;
- Esquizofrenia infantil.
O tipo de esquizofrenia é identificado pelo psiquiatra através dos sintomas apresentados.
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Esquizofrenia paranoide
A esquizofrenia paranoide é o tipo mais comum de esquizofrenia, caracterizada pelo predomínio de alucinações e delírios.
Nesse tipo de esquizofrenia a pessoa prefere ficar isolada, é mais dispersa aos acontecimentos do dia a dia e insensível em relação a afetos. Saiba identificar os sintomas da esquizofrenia paranoide.
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Esquizofrenia catatônica
A esquizofrenia catatônica é o tipo mais raro de esquizofrenia caracterizado por a pessoa apresentar paralisação do corpo físico, além de apatia. Entenda melhor o que é apatia.
A pessoa pode ficar na mesma posição por horas, o que também causa a redução da atividade motora.
É possível também que a pessoa tenha resistência para mudar a sua própria aparência, faça movimentos repetitivos, deixe de participar de atividades produtivas na sua rotina e possua o hábito de repetir as falas de outras pessoas ou imitar seus movimentos.
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Esquizofrenia residual
A esquizofrenia residual é um dos tipos mais leves de esquizofrenia.
Mesmo sendo uma doença crônica, é comum que a pessoa apresente sintomas menos intensos.
Esse tipo de esquizofrenia pode provocar mudanças no comportamento, emoções e no convívio social, ocorrendo de forma mais branda que nos outros tipos.
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Esquizofrenia simples
A esquizofrenia simples é caracterizada por ausência de delírios e alucinações.
No entanto, a pessoa com este tipo de esquizofrenia vai perdendo a sua afetividade e capacidade de interagir com pessoas de forma progressiva, o que pode trazer prejuízos no desenvolvimento social e no trabalho ou na escola.
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Esquizofrenia indiferenciada
A esquizofrenia indiferenciada é caracterizada por a pessoa apresentar sintomas de outros tipos de esquizofrenia, mas não se encaixa em nenhum tipo específico.
Os sintomas podem variar em intensidade e frequência, sendo normalmente de difícil diagnóstico.
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Esquizofrenia hebefrênica
A esquizofrenia hebefrênica é caracterizada por a pessoa apresentar um comportamento mais infantil, respostas emocionais descabidas, pensamentos sem sentido, dificuldade para organizar pensamentos e seguir processos, o que pode prejudicar as atividades do dia a dia.
Nesse tipo de esquizofrenia, também conhecida como esquizofrenia desorganizada, as alucinações e os delírios são menos comuns.
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Esquizofrenia infantil
A esquizofrenia infantil é a esquizofrenia que surge dos 13 aos 18 anos, sendo bastante incomum e extremamente rara, porém pode ser grave.
Crianças e adolescentes com esquizofrenia infantil, têm menor risco de ter delírios, mas costumam ter mais alucinações.
Conforme os adolescentes envelhecem, é comum surgirem sintomas mais parecidos com os dos adultos.
Quais as fases da esquizofrenia?
Fase prodrômica – Os sintomas são mais leves, sutis e pouco específicos.
Fase prodrômica avançada – Os sintomas podem se tornar mais evidentes, mesmo que ainda não sejam graves ou totalmente visíveis.
Fase ativa ou psicótica – É a fase aguda em que surgem os sintomas clássicos da esquizofrenia, ocorrendo delírios e alucinações intensos, pensamento desorganizado e comportamento bizarro.
Fase intermediária ou de estabilização – É a fase que ocorre após a fase ativa. Nessa fase ocorre uma diminuição dos sintomas psicóticos, no entanto, a pessoa pode apresentar isolamento social, apatia, déficits funcionais ou dificuldade em mostrar emoções.
Fase tardia ou residual – É a fase em que a doença se estabiliza, tendo sintomas como isolamento social ou apatia persistentes, porém menos intensos.
As fases da esquizofrenia podem variar de uma pessoa para outra.
Quais são os tratamentos para esquizofrenia?
O tratamento para esquizofrenia é feito pelo psiquiatra para controlar a doença e melhorar a qualidade de vida.
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Remédios para esquizofrenia
Os principais medicamentos para esquizofrenia que podem ser indicados pelo médico são os antipsicóticos, como olanzapina, quetiapina, clozapina ou risperidona.
Esses remédios devem ser usados com acompanhamento médico regular, devido ao risco de efeitos colaterais.
Nos casos em que a pessoa apresenta sintomas de depressão, o médico também pode recomendar o uso de antidepressivos.
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Psicoterapia
A psicoterapia é um tratamento para esquizofrenia feito pelo psicólogo para complementar o tratamento médico.
O psicólogo pode usar diferentes abordagens da psicoterapia, como:
- Terapia cognitivo-comportamental: ajuda a pessoa controlar os sintomas de delírios e alucinações;
- Psicoeducação: ajuda a pessoa e a família a entender a doença, as opções de tratamento e a criar estratégias de enfrentamento para a doença;
- Terapia familiar: ajuda a família a ter apoio para enfrentar a doença, assim como melhora a comunicação e o tratamento da esquizofrenia.
Além disso, a psicoterapia pode envolver estratégias para ajudar na depressão ou ansiedade.
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Reabilitação psicossocial
A reabilitação psicossocial, assim como a terapia ocupacional, são tratamentos para esquizofrenia que têm como objetivo reintegrar a pessoa na sociedade e promover sua independência e bem estar.
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Internamento hospitalar
O internamento hospitalar pode ser indicado nos casos graves de esquizofrenia ou surtos psicóticos.
Nesses casos, o médico normalmente utiliza antipsicóticos injetáveis para ajudar a reduzir os sintomas.
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Terapia eletroconvulsiva
A terapia eletroconvulsiva (ECT) pode ser indicada pelo médico quando os medicamentos para esquizofrenia não foram eficazes para controlar a doença e reduzir os sintomas.
Esse tipo de tratamento é feito com a aplicação de correntes elétricas no cérebro, com a pessoa sedada, para ajudar a regular os neurotransmissores no cérebro.
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Estimulação magnética transcraniana
A estimulação magnética transcraniana (EMT) é outro tratamento que pode ser indicado pelo médico nos casos de esquizofrenia que não melhora com o uso de remédios ou esquizofrenia residual.
Esse tipo de tratamento serve para complementar o uso de remédios sendo feita colocando um aparelho sobre a cabeça da pessoa, que emite impulsos eletromagnéticos, estimulando áreas específicas do cérebro.
Esquizofrenia tem cura?
A esquizofrenia não tem cura, no entanto, com o tratamento médico correto a pessoa tem grandes chances de levar uma vida normal.
Por isso, quanto mais cedo a esquizofrenia for diagnosticada, menores são as chances da doença provocar danos mais graves na personalidade da pessoa.
Esquizofrenia piora com o tempo?
A esquizofrenia pode piorar com o passar do tempo se a pessoa não fizer o tratamento conforme orientado pelo médico.
Quais as complicações da esquizofrenia?
As principais complicações da esquizofrenia são:
- Maior risco de abuso de drogas ou álcool;
- Dificuldade ou incapacidade para trabalhar, estudar ou realizar atividades do dia a dia;
- Prejuízo na própria independência e bem estar;
- Afastamento de familiares e amigos;
- Ansiedade ou depressão;
- Maior risco de doenças cardiovasculares, respiratórias, metabólicas e distúrbios do sono.
Além disso, outra complicação é o risco aumentado de automutilação ou comportamento suicida.
Pessoas com esquizofrenia morrem cedo?
Pessoas com esquizofrenia podem ter uma expectativa de vida de 15 a 20 anos menor do que uma pessoa sem a doença, ou seja, têm um risco aumentado de morrer mais cedo.
Isso porque a esquizofrenia pode provocar complicações cardíacas, metabólicas ou infecciosas, além de aumentar o risco de comportamento suicida.
Quais soluções a Rede D’Or oferece?
Na Rede D’Or você pode contar com diversos exames de diagnóstico para identificar a esquizofrenia com precisão, além de profissionais especializados para indicar a melhor forma de tratamento e recomendar os medicamentos essenciais para a sua recuperação, se for preciso.
A Rede D’Or é a maior rede de saúde do Brasil. Está presente nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Maranhão, de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso do Sul, da Bahia, Paraíba e no Distrito Federal.
O grupo é composto atualmente por hospitais próprios e clínicas oncológicas (Oncologia D’Or), além de atuar em serviços complementares com exames clínicos e laboratoriais, banco de sangue, diálise e ambulatórios de diversas especialidades.
Para garantir a excelência na prestação de serviços, a Rede D’Or adotou a Acreditação Hospitalar, processo de avaliação externa para examinar a qualidade dos serviços prestados conduzido por organizações independentes, como uma de suas principais ferramentas. Os hospitais do grupo já receberam certificações emitidas por organizações brasileiras, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA), e internacionais, como a Joint Commission International (JCI), a Metodologia Canadense de Acreditação Hospitalar (QMENTUM IQG), e a American Society of Clinical Oncology (ASCO).
A Rede D’Or ainda oferece aos pacientes críticos o cuidado necessário no momento certo, o que leva a melhores desfechos clínicos e à alocação eficiente de recursos. Por isso, 87 UTIs do grupo receberam o certificado Top Performer 2022, concedido pela Epimed e AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
Conte com a Rede D’Or sempre que precisar!