Insuficiência Venosa Crônica

Insuficiência venosa crônica (IVC) é a perda da capacidade das veias das pernas de transportar o sangue adequadamente de volta ao coração, causando sintomas como pernas inchadas, sensação de peso ou dor.

Essa condição é causada pelo mau funcionamento das válvulas das veias nas pernas, o que dificulta a circulação do sangue de volta ao coração, e pode estar relacionado a histórico de trombose venosa profunda, envelhecimento ou estilo de vida sedentário.

O tratamento da insuficiência venosa crônica é feito pelo angiologista ou cirurgião vascular e pode envolver o uso de medicamentos, fisioterapia, procedimentos médicos e mudanças no estilo de vida.

Os principais sintomas de insuficiência venosa crônica são:

• Inchaço nas pernas ou tornozelos, principalmente no final do dia;
• Dor ou sensação de peso nas pernas;
• Cãibras nas pernas, especialmente à noite;
• Veias dilatadas e visíveis (varizes);
• Dor nas pernas ao caminhar;
• Coceira ou pele seca nas pernas
• Escurecimento da pele na região do tornozelo;
• Feridas que demoram a cicatrizar (úlceras venosas).

Os sintomas da insuficiência venosa crônica podem piorar com o tempo e afetar as atividades do dia a dia e a qualidade de vida.

Os sintomas graves de insuficiência venosa crônica são o surgimento de feridas abertas ou úlceras nas pernas, infecção da pele (celulite infecciosa) ou desenvolvimento de trombose venosa profunda.

Nesses casos, é necessário atendimento médico rápido.

Se você tem dor nas pernas, inchaço, veias visíveis e sensação de peso, pode ser sinal de insuficiência venosa crônica.

Procure um angiologista, que pode realizar exames, confirmar o diagnóstico com segurança e orientar o tratamento adequado.

Os médicos especialistas em insuficiência venosa crônica são o angiologista ou cirurgião vascular, que devem ser consultados para diagnosticar e tratar essa condição.

O clínico geral também pode ser consultado para diagnosticar a condição e, normalmente, a pessoa é encaminhada para tratamento com um especialista.

A equipe de médicos da Rede D’Or é capacitada para diagnosticar e orientar sobre o tratamento da insuficiência venosa crônica.

O diagnóstico de insuficiência venosa crônica é feito pelo angiologista ou cirurgião vascular por meio da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico.

Além disso, o médico pode usar a classificação CEAP para entender a gravidade da insuficiência venosa crônica e indicar o tratamento mais adequado.

O médico também pode solicitar exames de imagem para auxiliar no diagnóstico.

Os principais exames para insuficiência venosa crônica são:

• Ultrassom doppler venoso das pernas;
• Flebografia ou venografia com contraste;
• Angiotomografia computadorizada venosa de membro inferior;
• Ressonância magnética;
• Fotopletismografia;
• Índice tornozelo-braço (ITB), para excluir doenças arteriais.

Os exames ajudam o médico a confirmar o diagnóstico, identificar o tipo de veia afetada, avaliar o fluxo de sangue e detectar trombos ou coágulos, além de ajudar a planejar o tratamento mais adequado.

Os exames para insuficiência venosa crônica podem ser realizados em diversas unidades da Rede D’Or espalhadas pelo Brasil.

Consulte a unidade mais próxima para verificar a disponibilidade e agendar o procedimento com orientação médica especializada.

A insuficiência venosa crônica é causada pelo mau funcionamento das válvulas dentro das veias das pernas, que servem para empurrar o sangue de volta ao coração.

Quando essas válvulas falham, o sangue se acumula nas pernas, causando os sintomas.

Os principais fatores que aumentam o risco de insuficiência venosa crônica são:

• Idade, sendo mais comum após os 50 anos;
• Histórico de trombose venosa profunda (TVP);
• Síndrome pós-trombótica;
• Histórico familiar de varizes ou problemas nas veias;
• Ficar muito tempo em pé ou sentado;
• Pouca atividade física e estilo de vida sedentário;
• Obesidade ou sobrepeso;
• Gravidez;
• Hábito de fumar.

Traumas na perna devido a lesão ou cirurgia, flebite, uso de anticoncepcionais orais ou malformações venosas congênitas, também podem aumentar o risco de insuficiência venosa crônica.

Quanto mais fatores de risco a pessoa tem, maior o risco de desenvolver a doença.

Os principais tipos de insuficiência venosa crônica são:

1. Insuficiência venosa crônica superficial;
2. Insuficiência venosa crônica profunda;
3. Insuficiência venosa crônica mista.

O tipo de insuficiência venosa crônica é classificado de acordo com sua localização e gravidade, sendo identificada pelo médico através dos exames de diagnóstico.

No entanto, a classificação mais usada para a insuficiência venosa crônica é a CEAP (Clínica, Etiologia, Anatomia e Patofisiologia), baseada nos sintomas, causas, veias afetadas e o seu funcionamento.

A insuficiência venosa crônica superficial é o tipo mais comum, que afeta as veias mais superficiais das pernas, que ficam logo abaixo da pele, provocando varizes.

A insuficiência venosa crônica profunda afeta as veias profundas das pernas, presentes dentro dos músculos.

Esse tipo de IVC é causado principalmente por trombose venosa profunda e tem um maior risco de complicações graves.

A insuficiência venosa crônica mista afeta as veias superficiais e profundas das pernas ao mesmo tempo.

Esse tipo de IVC pode causar sintomas mais intensos e ser mais difícil de tratar.

O tratamento da insuficiência venosa crônica é feito pelo angiologista ou cirurgião vascular, com o objetivo de aliviar os sintomas e evitar complicações.

As meias de compressão para insuficiência venosa crônica podem ser indicadas pelo médico para melhorar a circulação nas pernas ao facilitar o retorno venoso sendo, geralmente, a primeira opção de tratamento.

O tipo de meia de compressão deve ser indicado pelo médico, já que possuem diferentes graus de pressão e altura.

Em alguns casos, especialmente quando existem feridas abertas ou úlceras na pele, o médico pode indicar o uso de uma bandagem de compressão elástica que contém óxido de zinco e glicerina, chamada bota de Unna, para acelerar a cicatrização e melhorar a circulação sanguínea.

Os principais medicamentos para insuficiência venosa crônica que podem ser indicados pelo médico são:

• Venotônicos, como diosmina e hesperidina;
• Anticoagulantes, como varfarina ou enoxaparina;
• Antibióticos, nos casos de infecções na pele;
• Pomadas e cremes, como heparina sódica;
• Agentes vasoativos, como castanha-da-índia, rutina ou Centella asiática.

Em alguns casos, o médico pode indicar o uso de antiagregantes, como o ácido acetilsalicílico, especialmente quando há histórico cardiovascular associado, como infarto ou AVC.

Os remédios para insuficiência venosa crônica podem ajudar a reduzir o inchaço nas pernas, melhorar o retorno venoso e tratar feridas, e devem ser usados com indicação médica.

A fisioterapia vascular para insuficiência venosa crônica pode ser indicada para ajudar a melhorar e ativar a circulação, aliviar os sintomas e prevenir complicações.

Esse tratamento é feito pelo fisioterapeuta com exercícios de fortalecimento muscular e mobilidade, ou drenagem linfática manual ou mecânica, por exemplo.

Os procedimentos médicos para insuficiência venosa crônica são:

• Escleroterapia, feito pelo médico com aplicação de substância nas veias;
• Ablação a laser endovenosa ou ablação por radiofrequência, para fechar a veia afetada, evitando que o sangue se acumule nas pernas;
• Cirurgia de varizes, feita retirando ou ligando as veias danificadas;
• Flebectomia para remover a veia danificada;
• Drenagem de úlceras e limpeza de feridas abertas.

Geralmente, esses procedimentos são indicados quando os outros tratamentos não foram eficazes ou quando existem complicações da insuficiência venosa crônica.

O internamento hospitalar pode ser indicado nos casos mais graves, como trombose ou infecções em feridas nas pernas.

No hospital, é feita a aplicação de antibióticos na veia, cuidados e curativos nas feridas, além de ter o acompanhamento médico com especialistas em insuficiência venosa crônica.

Os autocuidados para insuficiência venosa crônica são:

• Elevar as pernas por 30 minutos ou mais, pelo menos três vezes ao dia;
• Usar as meias elásticas de acordo com a orientação médica;
• Evitar usar calças ou cintos apertados;
• Fazer exercícios físicos leves regularmente, como caminhada ou andar de bicicleta;
• Não cruzar as pernas por muito tempo;
• Aumentar o consumo de água;
• Ter uma alimentação equilibrada e com baixo teor de sal;
• Levantar-se e mover-se frequentemente.

Além disso, é importante manter a pele das pernas limpa e hidratada, observando diariamente alterações, comunicar ao médico caso surjam feridas ou úlceras.

A insuficiência venosa crônica não tem cura definitiva, mas pode ser controlada de forma eficaz com o tratamento indicado pelo médico, evitando sua piora e o surgimento de complicações.

Sim, quem tem insuficiência venosa crônica pode trabalhar, tendo sempre o cuidado de se movimentar com frequência e evitando ficar muito tempo sentado ou em pé.

No entanto, em casos graves, em que a pessoa tem feridas crônicas ou dificuldade para caminhar, pode haver direito ao afastamento ou aposentadoria.

Em casos mais graves de insuficiência venosa crônica, a pessoa pode solicitar avaliação médica e pericial para aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença.

Para prevenir a insuficiência venosa crônica, é recomendado:

• Abandonar o cigarro;
• Praticar atividades físicas regularmente;
• Manter o peso saudável;
• Diminuir o consumo de sal na alimentação.

As principais complicações da insuficiência venosa crônica são:

• Úlceras venosas crônicas;
• Feridas abertas e de difícil cicatrização;
• Trombose venosa profunda (TVP);
• Infecções na pele, como celulite infecciosa;
• Dor crônica ou dificuldades para andar;
• Linfedema.

Além disso, também pode surgir complicação da trombose venosa profunda, como embolia pulmonar.

Por isso, para evitar complicações, deve-se ir ao médico assim que surgirem os sintomas da insuficiência venosa crônica para iniciar o tratamento adequado.