Hepatite C

A hepatite C é uma doença de saúde pública. Considerada uma epidemia mundial, estima-se que 180 milhões de pessoas no mundo têm o vírus, que é chamado de HCV. A doença é silenciosa e acontece dentro de um processo infeccioso e inflamatório no fígado, é um tipo de RNA vírus, e pode se manifestar de forma aguda ou crônica.

As causas e transmissões estão associadas às seguintes situações:

• contato sexual (sem o uso de preservativos);
• perinatal (mãe para o filho, durante a gestação e parto);
• compartilhamento de agulhas e seringas e também objetos para uso de drogas (por exemplo, o cachimbo), e para tatuagens e piercings;
• falta ou falha de esterilização de equipamentos de manicure e pedicure (por exemplo, o alicate);
• falha na esterilização de equipamentos médicos e odontológicos;
• procedimentos invasivos sem as devidas precauções com esterilização e a segurança do paciente (por exemplo, hemodiálise, cirurgias, transfusão);
• relações sexuais sem o uso de preservativos (embora seja menos comum).

Algumas dessas formas de transmissão são consideradas baixas: pesquisas mostram que o risco de uma mãe infectar o filho durante a gravidez é de 6%, e o vírus também pode ser transmitido através de feridas no mamilo da mãe e cortes na boca da criança.Em alguns casos, a criança possui anticorpos em relação à mãe portadora, desaparecendo entre os 12 e os 18 meses. Apenas depois desse período devem ser feitos testes para identificar se o bebê, de fato, foi infectado.

A hepatite C no início do contágio não apresenta sintomas (cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentando qualquer manifestação), porque ela é uma doença assintomática, podendo ser confundida com uma gripe. Mas quando o quadro da enfermidade evolui, alguns sintomas podem estar associados com:

• mal-estar;
• vômitos e náuseas;
• perda de peso;
• dores musculares;
• pele amarelada (icterícia);
• muito cansaço;
• letargia;
• problemas de concentração.

Os casos graves de hepatite crônica desenvolvem complicações como:

• cirrose;
• câncer no fígado;
• insuficiência hepática;
• ascite (barriga d’água).

Através de uma pesquisa de anticorpos contra o vírus VHC. Em caso de resultado positivo, o paciente deverá ser encaminhado para mais exames complementares, a fim de orientar o melhor tratamento.

A hepatite C tem cura, porém não há vacina contra a doença. É recomendado fazer ao menos uma vez na vida o exame para saber se há o vírus HCV no sangue.

No tratamento é recomendado o uso de antivirais de ação direta (DAA), que são prescritos por 8 a 12 semanas, atingindo mais de 95% na taxa de cura. Após a confirmação do diagnóstico, os médicos seguem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para hepatite C e Coinfecções (PCDT hepatite C).

Como o vírus HCV pode sobreviver até quatro dias fora do corpo humano, a prevenção pode ser uma forma de evitar a doença.

• Não compartilhe objetos pessoais que possam ter entrado em contato com sangue (escovas de dentes, lâminas de barbear, alicates, lixas de unha, espátulas para remoção de cutículas).
• Atenção ao momento que for fazer uma tatuagem (verifique o local e os instrumentos do tatuador).
• Antes de engravidar, faça um teste para saber se é portadora do vírus HCV.
• Bebidas alcoólicas aumentam os riscos de complicações da doença.
• Usar preservativos durante o ato sexual.
• Não compartilhar qualquer objeto utilizado para o uso de drogas.
• Toda mulher grávida precisa fazer, no pré-natal, os exames para detectar se há presença dos vírus causadores das hepatites B e C, além do HIV e da sífilis. O tratamento não é indicado para gestantes, sendo tratada somente após o parto.

Para pessoas com diabetes, após os 40 anos, histórico de transfusão de sangue ou transplantados até 1992, parceiro sexual portador do vírus HCV, indivíduo exposto a material biológico contaminado, é recomendado fazer os testes sorológicos que apresentam os anticorpos anti-HCV. Caso o resultado seja positivo, é necessário realizar um exame de carga viral (HCV-RNA).

É importante salientar que pessoas com a hepatite C podem levar uma vida normal e saudável, como a prática de esportes (incluindo os de contato), o compartilhamento de alimentos e beijar outras pessoas.

A Rede D’Or São Luiz realiza mais de 3,4 milhões de atendimentos médicos de urgência por ano e oferece clínicas, hospitais e ambulatórios espalhados pelos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Sergipe e no Distrito Federal.