Ácido Úrico, Clearence

É um teste laboratorial que avalia a capacidade dos rins de eliminar o ácido úrico do sangue por meio da urina. Ele mede a taxa de depuração dessa substância, ou seja, quanto ácido úrico é filtrado pelos rins em determinado período. Trata-se de um teste complementar à dosagem de ácido úrico sérico e urinário, sendo especialmente útil para analisar a função renal de forma mais detalhada.

O exame é utilizado para avaliar a eficiência da excreção renal de ácido úrico. Ele ajuda o médico a diferenciar se uma alteração nos níveis dessa substância no sangue ocorre por excesso de produção ou por eliminação insuficiente pelos rins. Além disso, o exame pode auxiliar:

• no diagnóstico de distúrbios renais que afetam a filtração de ácido úrico;
  
• na investigação de litíase renal (formação de cálculos de ácido úrico);
  
• no acompanhamento de doenças metabólicas, como gota, hipertensão e síndrome metabólica;
  
• na avaliação de pacientes com níveis muito baixos de ácido úrico (hipouricemia), para identificar se há perda renal aumentada.

Este exame é indicado quando há suspeita de alteração na função renal associada ao metabolismo do ácido úrico; em pacientes com histórico de cálculo renal por ácido úrico; diante de valores anormais de ácido úrico no sangue que exigem investigação complementar; e para monitorar indivíduos em tratamento para gota ou outros distúrbios metabólicos relacionados.

O procedimento envolve duas coletas: urina de 24 horas e amostra de sangue, coletada geralmente durante ou logo após o término da coleta urinária, para medir a concentração de ácido úrico no soro.

Os valores considerados normais podem variar conforme o método e o laboratório, mas geralmente o clearance de ácido úrico representa cerca de 6% a 12% do clearance da creatinina em indivíduos saudáveis.

Por isso, é fundamental interpretar o resultado com base nos valores de referência fornecidos no laudo e no contexto clínico do paciente.

Este exame costuma ser solicitado por nefrologistas para avaliação da função renal; por reumatologistas, no acompanhamento da gota e de distúrbios metabólicos; por urologistas, em casos de cálculo renal por ácido úrico; e também por clínicos gerais ou endocrinologistas, quando há necessidade de investigar alterações metabólicas ou renais mais complexas.