É um teste laboratorial que mede a concentração desse hormônio precursor dos corticosteroides, produzido pelas glândulas suprarrenais. Ele ajuda a avaliar como essas glândulas estão funcionando e se as vias responsáveis pela produção de cortisol estão operando de forma adequada.

Este exame é utilizado principalmente para:

• investigar hiperplasia adrenal congênita (HAC), especialmente nos casos relacionados à deficiência da enzima 11β-hidroxilase;
• avaliar alterações na produção de cortisol, identificando possíveis bloqueios nas etapas da síntese hormonal;
• acompanhar pacientes já diagnosticados com distúrbios adrenais, auxiliando na avaliação da resposta ao tratamento;
• atuar como marcador complementar em situações de suspeita de aumento de andrógenos de origem adrenal.

O exame costuma ser solicitado sempre que há suspeita de alterações na produção dos hormônios adrenocorticais. Ele é especialmente útil na investigação de hiperplasia adrenal congênita, principalmente quando outros exames, como cortisol, 17-OH-progesterona ou andrógenos, apresentam alterações.

Também pode ser pedido diante de sinais clínicos sugestivos de distúrbios hormonais, como puberdade precoce, virilização, irregularidades menstruais ou hipertensão com possível causa endócrina. Além disso, é um exame importante na avaliação de recém-nascidos quando há indícios de bloqueios enzimáticos na síntese de hormônios da adrenal.

O exame é realizado por meio de uma coleta de sangue simples.

Os valores de referência podem variar conforme a metodologia do laboratório, mas adultos saudáveis geralmente apresentam níveis baixos desse hormônio.

Como os intervalos diferem entre serviços, o ideal é consultar a faixa indicada no laudo, que costuma vir expressa em ng/dL ou nmol/L, dependendo da técnica utilizada.

O médico deve interpretar os níveis em conjunto com outros exames hormonais e com o quadro clínico do paciente.

Os especialistas que mais solicitam este exame são endocrinologistas, principalmente em avaliação de distúrbios adrenais; endocrinologistas pediátricos, em casos de suspeita de hiperplasia adrenal congênitas; ginecologistas e urologistas, quando há alterações hormonais relacionadas à produção de andrógenos; e pediatras, em avaliação de recém-nascidos com sinais hormonais atípicos.