Trata‑se de um exame sorológico que mede os níveis de imunoglobulina M (IgM) específica para antígenos do fungo Candida albicans. Ele avalia a resposta imunológica recente ao fungo, ou seja, pode indicar que o organismo está em fase inicial de resposta a esta infecção.

O objetivo do exame é auxiliar no diagnóstico de infecção por Candida albicans, especialmente em pacientes com suspeita de candidíase mais grave ou invasiva. Identifica se há anticorpos IgM, que são produzidos logo no início de uma infecção, o que sugere atividade recente.

Contudo, pessoas saudáveis podem apresentar anticorpos contra Candida pela flora normal do organismo, o que diminui a precisão do exame. Assim, ele pode servir para avaliar ou monitorar situações de risco ou sintomas compatíveis, mas não deve ser utilizado como diagnóstico isolado.

O exame é realizado a partir de uma amostra de sangue (soro). O tempo para obtenção do resultado varia conforme o laboratório. O exame não é invasivo além da punção venosa comum.

Não há preparo.

Os valores de referência variam bastante entre laboratórios e métodos. Portanto, sempre consulte a faixa de referência do laboratório onde o exame foi feito.

O exame pode ser solicitado por infectologistas, imunologistas, médicos de unidade de terapia intensiva (UTI), ou clínicos que investigam candidíase invasiva ou em pacientes imunossuprimidos.

Também pode ser solicitado por ginecologistas e dermatologistas, em casos de candidíase recorrente ou complexa, embora nesses casos outros exames complementares (cultura, identificação de fungo) sejam comumente usados.

Um resultado positivo indica que o sistema imunológico do paciente produziu anticorpos do tipo IgM contra o fungo Candida albicans, sugerindo uma exposição recente ou infecção ativa.

No entanto, a interpretação não é direta: pessoas saudáveis podem ter anticorpos IgM contra Candida sem apresentar doença ativa, principalmente por conviverem com o fungo como parte da flora normal.

Portanto, um exame positivo deve ser avaliado dentro do contexto clínico do paciente, especialmente se há sintomas compatíveis ou fatores de risco, como imunossupressão, uso prolongado de antibióticos ou internação hospitalar. Em casos suspeitos de candidíase invasiva, o exame pode fazer parte de uma investigação mais ampla.