A eletroforese de proteínas na urina consiste em separar e analisar diferentes tipos de proteína presentes em uma única amostra de urina. Isso é feito aplicando um campo elétrico que faz com que as proteínas migrem através de um gel, dependendo de suas características físicas, como tamanho e carga elétrica.

Este exame é usado quando há necessidade de verificar se existem proteínas anormais na urina, algo que não é esperado em condições normais. Serve especialmente para:

• detectar proteínas anormais, como paraproteínas ou proteínas de Bence Jones, que podem indicar doenças como o mieloma múltiplo;
  
• avaliar possíveis lesões nos rins, já que diferentes padrões proteicos sugerem tipos variados de dano, seja glomerular (filtros dos rins) ou tubular (capacidade de reabsorção);
• investigar suspeitas de proteinúria (proteínas na urina) persistente e orientar sobre a necessidade de investigações adicionais.

Após a coleta da urina, o material é levado ao laboratório, onde passa por um processo chamado eletroforese. Nesse processo, as proteínas presentes na urina são separadas de acordo com o seu tamanho e outras características.

Com a ajuda de corantes especiais, elas se tornam visíveis, permitindo que o profissional identifique se há alguma alteração.

Em condições normais, a urina não apresenta proteínas detectáveis por esse exame. Ou seja, o ideal é não haver bandas ou frações proteicas visíveis. Caso haja, pode indicar alguma alteração que exige investigação médica.

Os principais especialistas que solicitam este tipo de exames são os nefrologistas, hematologistas, clínicos gerais, reumatologistas e oncologistas, dependendo dos sintomas ou contexto clínico.