A proteína S antigênica é uma análise laboratorial que mede a quantidade da proteína S presente no sangue. A proteína S é um cofator essencial para a atividade da proteína C, ambas responsáveis por regular a coagulação sanguínea e evitar a formação excessiva de coágulos.

O exame serve para avaliar possíveis deficiências da proteína S, que podem estar associadas a um risco aumentado de trombose venosa profunda, embolia pulmonar e outras condições trombofílicas (tendência aumentada à formação de coágulos).

O exame é realizado por meio de uma coleta simples de sangue venoso. A amostra é enviada para análise laboratorial, onde a concentração da proteína S é determinada, geralmente utilizando técnicas de imunoensaio.

A dosagem de proteína S antigênica é solicitada principalmente em casos de:

• Histórico pessoal ou familiar de trombose venosa;
• Trombose em idade jovem ou sem causa aparente;
• Investigação de estados de hipercoagulabilidade;
• Avaliação pré-operatória em pacientes com risco trombótico elevado;
• Avaliação de abortos recorrentes de causa inexplicada.

Este exame pode auxiliar no diagnóstico de problemas como a deficiência hereditária ou adquirida de proteína S, trombofilia, síndrome nefrótica, doenças hepáticas e coagulação intravascular disseminada (CIVD).

O jejum não é necessário, alguns laboratórios sugerem jejum de três horas. Importante informar ao médico se está utilizando anticoagulantes, anticoncepcionais ou se passou por algum evento trombótico recente, pois esses fatores podem alterar os resultados. O uso de hormônios ou gravidez também pode interferir na dosagem.

Os valores de referência podem variar entre os laboratórios, mas geralmente são entre 50% e 150%. Para uma interpretação adequada dos resultados, é fundamental procurar um médico. Ele considerará o histórico clínico, outros exames complementares e o contexto do paciente.
Valores baixos indicam deficiência de proteína S, o que pode aumentar o risco de trombose. Já níveis elevados são menos comuns e geralmente não têm implicação clínica significativa.

O exame pode ser solicitado por hematologistas, angiologistas, clínicos gerais, ginecologistas (em casos de abortos recorrentes), entre outros profissionais que estejam investigando alterações na coagulação sanguínea.